
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou, nesta quarta-feira (12), o Programa Prioritário de Interesse Nacional em Bioinformática (PPI BioinfoBR), no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre em Belém (PA), até 21 de novembro.
A iniciativa cria oportunidades para o desenvolvimento de hardware, software, algoritmos, infraestrutura de dados e serviços digitais aplicados à biotecnologia, integrando a política industrial de tecnologia da informação e comunicação (TICs) com a agenda de bioeconomia e soberania tecnológica do País. “Nós queremos associar a tecnologia disruptiva e inovadora para aplicá-la na nossa biodiversidade. Nosso objetivo é que a biotecnologia se transforme em uma ferramenta decisiva para aproveitar de maneira respeitosa a biodiversidade. É a ciência da vida aplicada à informática e à biotecnologia”, disse a ministra do MCTI, Luciana Santos, durante o lançamento, na quarta-feira (12).
A iniciativa integra o conjunto de Programas Prioritários de Interesse Nacional (PPIs), vinculados à Lei de TICs, com o propósito de impulsionar a ciência, tecnologia e inovação do setor industrial de tecnologia da informação e comunicação e ciências biológicas por meio de incentivos à pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Precisamos acompanhar o ritmo global das transformações tecnológicas. Então, com a bioinformática, estamos dando mais um passo nessa direção”, afirmou a chefe da pasta.
O programa, que é uma parceria entre o MCTI, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a CNI, tem como objetivo implementar uma plataforma nacional de bioinformática interoperável e segura, além de promover a formação e retenção de talentos e fomentar o acesso a tecnologias avançadas, como computação quântica aplicada à bioinformática.
“Este programa tem um potencial enorme de melhorar a absorção do conhecimento por parte das indústrias brasileiras utilizando a biodiversidade e as riquezas presentes em todos os biomas”, disse o diretor-geral do Senai, Gustavo Leal.
O PPI também buscará fortalecer os mecanismos de inovação aberta, ampliando a cooperação entre empresas e institutos de ciência e tecnologia. O programa ainda deverá passar pelo Comitê da Área de Tecnologia e Informação (Cati), do MCTI, para ser consolidado.
Por meio da iniciativa, empresas do setor habilitadas pelo MCTI poderão aportar parte dos recursos da Lei de TICs no programa. Além do incentivo fiscal, a empresa terá como vantagem o acesso a tecnologias e a centros de pesquisa credenciados que desenvolvem novas soluções e fortalecem toda a cadeia produtiva.

