O Ministério da Saúde realizou, em Brasília, nos dias 4 e 5 de dezembro, o Seminário Marco Intermediário das Pesquisas com Resultados do Programa Mais Médicos. O evento apresentou os achados preliminares das pesquisas financiadas pela pasta sobre o programa com o objetivo de qualificar a execução dos estudos e fortalecer a utilização de evidências para orientar políticas públicas de provimento médico no Sistema Único de Saúde (SUS).
O evento reuniu pesquisadores, gestores, representantes de conselhos, instituições acadêmicas e equipes técnicas de todo o país. O encontro se consolida como um espaço estratégico de divulgação científica e diálogo entre a produção de conhecimento e a gestão pública, contribuindo para decisões mais precisas, eficientes e alinhadas às necessidades dos territórios.
O secretário adjunto da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Jérzey Timóteo, destacou o seminário como uma oportunidade de planejamento orientado por dados, transparência, controle social e redução das desigualdades regionais. “Este espaço é estratégico para reafirmar a importância de um SUS guiado por evidências científicas e comprometido com a equidade em cada um de seus programas”.
As pesquisas apresentadas fornecem subsídios fundamentais para aprimorar editais, melhorar a alocação das equipes, otimizar o orçamento federal e identificar os arranjos que geram melhores resultados em formação, provimento e fixação de profissionais. Cada estudo contribui para aperfeiçoar políticas, reduzir desperdícios e ampliar o impacto das ações do Programa Mais Médicos.
“Em 2023, aprofundamos a integração do Mais Médicos com a saúde indígena, as populações quilombolas, ribeirinhas, em situação de rua e privadas de liberdade, ampliando o olhar para além da Unidade Básica de Saúde. É fundamental destacar que o provimento não se restringe à medicina. O Mais Médicos nasce da necessidade do SUS de compor equipes multiprofissionais capazes de garantir assistência à população que historicamente enfrenta barreiras de acesso. Buscamos pesquisas que avaliem se as equipes de Saúde da Família estão, de fato, oferecendo cuidado integral à população, pois este é o principal propósito do programa”, reforçou Jérzey Timóteo.
O secretário da SGTES, Felipe Proenço, apontou a importância das pesquisas para apontar caminhos de melhoria do programa e para atingir o principal objetivo que é o avanço dos indicadores de saúde das populações usuárias do SUS. “Esse momento de diálogo, de trabalho coletivo é fundamental para construirmos políticas públicas transformadoras, como o Mais Médicos e o Mais Médicos Especialistas”, disse.
Experiências inovadoras
Com cinco painéis temáticos, o seminário apresentou diagnósticos, experiências inovadoras e resultados que fortalecem a governança do Mais Médicos e sua consolidação como política de Estado. A entrega final das pesquisas está prevista para o fim do primeiro semestre de 2026.
O segundo dia de seminário foi marcado pela apresentação das cinco melhores experiências inovadoras do edital promovido pelo Laboratório de Inovação em Saúde (LIS), um espaço estratégico voltado ao compartilhamento de práticas inovadoras que fortalecem a Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, especialmente em regiões de maior vulnerabilidade. Para conhecer as experiências acesse o site no LIS, na página oficial do Programa Mais Médicos.
Anna Elisa Iung
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


