Ministério da Saúde avança na construção de diretrizes nacionais para situações de calor extremo

Foto: divulgação/MS

Na terça-feira (23), o Ministério da Saúde promoveu a terceira reunião do grupo de trabalho criado para elaborar diretrizes nacionais voltadas à preparação, vigilância e resposta em situações de calor extremo no Brasil. O encontro reuniu técnicos e gestores do Ministério e de instituições de saúde, pesquisadores, especialistas, agências de monitoramento e representantes da área de comunicação.

O objetivo da iniciativa é aprofundar as discussões técnicas, alinhar conceitos e construir coletivamente propostas preliminares que sirvam de base para a formulação de políticas públicas. Nesta etapa, os participantes avançaram na discussão sobre as atribuições dos diferentes níveis de atenção em cenários de calor extremo e de vigilância em saúde além de estratégias para ampliar a oferta de serviços e protocolos assistenciais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (DEMSP/SVSA/MS), Edenilo Baltazar Barreira Filho, destacou o papel central do trabalho conjunto. “Estas diretrizes representarão um avanço fundamental para o SUS e para a população brasileira, especialmente diante de um cenário em que o calor extremo tende a se tornar mais frequente. É uma grande satisfação saber que estamos avançando com a contribuição de diferentes setores e instituições”, afirmou.

Evidências científicas

De acordo com a coordenadora-geral de Preparação para Emergências em Saúde Pública, Taynná Vernalha Rocha Almeida, a metodologia utilizada é a Delphi, que facilita o diálogo técnico e a construção coletiva. “Estamos em um momento em que o calor extremo representa um desafio crescente para a saúde pública, e ter um documento baseado em evidências científicas e nas realidades regionais distintas é essencial para proteger a população”, explicou.

Desde o início do grupo, em março de 2025, já foram promovidos encontros presenciais e virtuais, além da produção de estudos e publicações técnicas. Até janeiro do próximo ano, os integrantes devem concluir o documento final, que será disponibilizado como instrumento oficial para orientar gestores e serviços de saúde em todo o país.

Segundo Edenilo Baltazar, a expectativa é que o resultado tenha impacto direto na capacidade de resposta do SUS. “Estamos construindo um documento que realmente fará a diferença para o enfrentamento dos impactos do calor na saúde da população”, concluiu.

João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde