Ministério da Saúde fortalece ações para ampliar o cuidado à saúde dos homens

Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF

Novembro é o mês de conscientização da saúde do homem, marcado pela prevenção do câncer de próstata. O Ministério da Saúde reforça, no entanto, que o cuidado com a saúde deve ser integral e ampliado ao longo de todo o ano. É importante que os homens mantenham caderneta de vacinação atualizada e o acompanhamento regular com profissionais de saúde, com a realização de consultas e exames de rotina 
 
Para incentivar que os homens busquem atendimento de saúde de forma contínua, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (Pnaish). A estratégia atua em cinco eixos: acesso e acolhimento, paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população masculina, prevenção de violências e acidentes e saúde sexual e reprodutiva. 

Os homens vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa diferença está ligada não apenas a fatores biológicos, mas também a comportamentos de risco, como o consumo abusivo de álcool, tabagismo, má alimentação e exposição à violência, além da baixa adesão no autocuidado.  

Em 2025, até o mês de setembro, a Atenção Primária à Saúde (APS) registrou 106 milhões de atendimentos a homens. No mesmo período, foram 203 milhões de atendimentos a mulheres.  

Para o coordenador de Atenção à Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Celmário Castro Brandão, a construção social da masculinidade ainda afasta os homens dos cuidados básicos. “Nosso desafio é difundir uma agenda de atenção integral à saúde dos homens, integrando prevenção de doenças, promoção da saúde e toda a assistência necessária. É essencial superar os desafios estruturais e culturais que afastam os homens do cuidado, além de garantir uma atenção mais equitativa e acessível”, destaca.   

Câncer de Próstata 
 
Promover o cuidado em saúde entre homens e ampliar o diagnóstico precoce de câncer de próstata são prioridades do Ministério da Saúde. Para diminuir os casos e o número de mortes pela doença está sendo elaborado o Manual de Alta Suspeição do Câncer. 

A publicação dividida em três partes: uma introdução sobre as responsabilidades das Redes de Atenção à Saúde, orientações para o cuidado de pessoas com suspeita de câncer na Atenção Primária e recomendações práticas sobre sinais e sintomas por diferentes topografias, como pele, mama e sistema nervoso central.  

A investigação do câncer de próstata é feita pelo exame de sangue (PSA) e o toque retal. Com o resultado positivo, o paciente é encaminhado para a realização da biópsia. A detecção precoce aumenta em 90% as chances de cura. O diagnóstico e tratamento estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para toda a população masculina. 

Prevenção e cuidado contínuo 

O câncer de próstata ocupa a segunda posição entre os tipos mais comuns da doença no país e é considerado mais frequente na terceira idade: 75% dos casos ocorrem em homens com mais de 65 anos. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a média de cirurgias de próstata na rede, entre 2022 e 2024, foi de 200 procedimentos ao ano, sendo 52% laparoscópicas e 48% robóticas. O número estimado de casos novos para cada ano do triênio 2023–2025 é de 71.730. 

Entre 2022 e 2024, São Paulo, Bahia e Minas Gerais foram os estados que mais realizaram cirurgias oncológicas pelo SUS, com aumentos de 34,20%, 10,35% e 6,51%, respectivamente. 

No mesmo período, também se destacaram em quimioterapia São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com crescimentos de 24,55%, 19,36% e 16,67%. Em relação à radioterapia, os maiores volumes foram registrados em São Paulo e Minas Gerais, com aumentos de 34,86% e 46,87%. 

Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), houve diminuição na taxa de mortalidade por câncer de próstata no Brasil entre 2013 e 2023. Era 30,6 e, em 2023, foi de 27,5. Em São Paulo, em 2013, a taxa era 27,5 e em 2023, caiu para 25,1. 

Ana Célia Costa e Luciano Marques  
Ministério da Saúde 

Fonte: Ministério da Saúde