Ministério de Portos e Aeroportos se une a países amazônicos em Aliança pelo Transporte Sustentável

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) integra, em ação conjunta com países amazônicos, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial, a criação da Aliança pelo Transporte Sustentável, Resiliente e Integrado na Amazônia. Lançada durante a COP30, a iniciativa reforça o compromisso regional com a integração, a sustentabilidade e a resiliência climática.

Além do Brasil, a Aliança é composta por Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Os ministérios de Portos e Aeroportos e dos Transportes representam o Brasil, reafirmando o compromisso nacional com uma agenda de desenvolvimento sustentável e de integração regional.

“A Aliança representa um marco na cooperação entre os países amazônicos e reforça o compromisso do Brasil com um transporte que une eficiência, sustentabilidade e resiliência. Essa é uma iniciativa que coloca o bioma amazônico no centro da ação climática global”, afirmou o ministro Silvio Costa Filho.

O secretário nacional de Hidrovias e Navegação, Otto Luiz Burlier da Silveira Filho, destacou que a iniciativa é estratégica para o futuro da região. “A Aliança fortalece o transporte fluvial como eixo de integração regional e instrumento de inclusão social. Ao lado do BID, do Banco Mundial e dos países amazônicos, o Brasil reafirma seu compromisso com um modelo de transporte mais eficiente, resiliente e alinhado aos compromissos climáticos”, afirmou.

O lançamento responde a desafios históricos enfrentados pela Amazônia, como baixa conectividade, infraestrutura precária, vulnerabilidade a eventos climáticos extremos e altos custos logísticos. Ao propor um novo modelo de transporte sustentável, inclusivo e resiliente, a iniciativa busca transformar o setor em vetor de desenvolvimento regional, promovendo adaptação climática e melhoria da qualidade de vida das populações locais. As ações previstas integram eficiência logística, inovação tecnológica e preservação ambiental como pilares de um transporte amazônico moderno e comprometido com o futuro do bioma.

Eixos estratégicos
A atuação da Aliança será guiada por quatro eixos estratégicos que refletem o compromisso dos países participantes com a integração e a sustentabilidade regional. O primeiro busca ampliar a conectividade e o acesso a serviços básicos em comunidades isoladas, promovendo inclusão e mobilidade para populações que dependem do transporte fluvial como principal meio de deslocamento.

O segundo eixo trata da logística multimodal, com foco em fortalecer corredores e cadeias logísticas sustentáveis, priorizando o transporte hidroviário e iniciativas que estimulem a bioeconomia na região.

Também está prevista a implementação de infraestrutura verde, baseada em normas e soluções inspiradas na natureza, voltadas à redução de impactos socioambientais e à adaptação às mudanças climáticas.

Por fim, o quarto eixo prioriza o aprimoramento do transporte fluvial, com ações voltadas à modernização dos serviços de passageiros e cargas em áreas urbanas e ribeirinhas, garantindo mais segurança, eficiência e inclusão social.

Plano de Ação
Como desdobramento do acordo, os países signatários e instituições parceiras se comprometeram a elaborar o Plano de Ação Regional 2026–2030, que definirá metas e investimentos para a transformação do transporte sustentável e multimodal na Amazônia. O documento será articulado a programas internacionais em andamento, como o Amazônia Sempre e o Conexión Sur, do BID, e o Amazônia Viva, do Banco Mundial.

Está prevista ainda a criação de um Comitê Regional para a Transformação da Infraestrutura de Transporte Amazônica, responsável por coordenar e acompanhar a execução do plano, garantindo o alinhamento das ações aos compromissos climáticos globais e à agenda de descarbonização do setor.

Agenda climática global
Ao ser lançada durante a COP30, a Aliança consolida o protagonismo da Amazônia na agenda internacional de sustentabilidade, posicionando a região como referência em soluções logísticas de baixo carbono e integração regional. O movimento reforça o papel do Brasil como articulador de políticas públicas que unem desenvolvimento econômico, preservação ambiental e inclusão social.

Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos

Fonte: Portos e Aeroportos