O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, participou nesta segunda-feira (17) do painel “Proteção social flutuante e territorial das populações vulneráveis no contexto da crise climática”, durante a segunda semana da COP30, em Bélem (PA). Na ocasião, o ministro falou sobre o sistema de atendimento do PREVBarco, embarcação que leva os serviços da Previdência Social a comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas que vivem na Região Norte. “Não há proteção ambiental sem proteção social”, ressaltou o ministro.
“O nosso PrevBarco é uma forma de a Previdência Social chegar à população mais vulnerável com presença e inovação”, destacou Wolney Queiroz. Durante o painel, o ministro também mostrou que as políticas previdenciárias dialogam com questões ambientais. “Na Amazônia, estamos literalmente navegando pelo território da desigualdade, levando atendimento, mas também dignidade e pertencimento. E isso dialoga diretamente com o debate da COP30: como garantir justiça climática por meio da proteção social”.
Criado com o objetivo de levar o atendimento de serviços previdenciários a populações de regiões mais remotas e isoladas da Região Norte do Brasil, o PREVBarco existe há 28 anos e já transformou a vida de mais de 2 milhões de pessoas, que antes precisavam enfrentar longas e custosas viagens para chegar a uma agência física.
Só em 2025, as cinco unidades flutuantes do INSS atenderam mais de 98 mil pessoas em 100 municípios brasileiros, processaram 41 mil requerimentos de benefícios e injetaram quase R$ 68 milhões na economia local.
“Somos a primeira e mais resiliente linha de defesa econômica das populações vulneráveis. É quando as pessoas mais precisam, quando elas estão mais vulneráveis. É nesse momento que a Previdência Social aparece para socorrê-las”, afirmou o ministro. Acrescentou ainda que as embarcações da Previdência Social se adaptarão com as formas mais sustentáveis. “Nossa visão de futuro é tornar o PREVBarco um laboratório de inovação social e ambiental: embarcações com energia limpa, conectadas por sistemas digitais sustentáveis, integradas a políticas de saúde, educação e inclusão produtiva”.
Por fim, Wolney Queiroz afirmou que “o objetivo é simples e profundo: levar cidadania onde o Estado não chegava, fortalecer a confiança das pessoas no sistema público e fazer da proteção social uma ferramenta concreta de adaptação às mudanças climáticas”.
Além do ministro da Previdência Social, o painel contou com a participação do secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, e da Secretária-Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão), Raimunda Monteiro.


