
Brasília, 18/11/2025– Representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e do Ministério dos Povos Indígenas se reuniram com lideranças da comunidade Guarani Nhadewa para discutir a continuidade do processo de regularização da Terra Indígena Tekoha Jevy, localizada a 22 quilômetros do núcleo urbano de Paraty (RJ). O encontro ocorreu no gabinete da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus) e foi conduzido pelo secretário Jean Uema. Durante a reunião, as lideranças também apresentaram um pleito urgente: a necessidade de proteção contra as constantes ameaças e atos de violência sofridos pelo grupo na região.
O secretário afirmou que a Senajus irá acionar as autoridades competentes para apurar as denúncias e avaliar as medidas de proteção disponíveis. “A vida dessas pessoas importa. Eles não estão sozinhos. O Estado tem a obrigação de garantir proteção legal a essas comunidades. Não podemos permitir que as violências e ameaças sigam sem resposta”, declarou.
Para o diretor de Promoção de Acesso à Justiça da Secretaria Nacional de Acesso à Justiça (Saju/MJSP), Pedro Martinez, a demarcação de terras indígenas fortalece a proteção das comunidades. “Desde o ano passado, temos avançado na declaração de terras indígenas por todo o país, com base na análise técnica e individualizada de cada procedimento, como medida de justiça, reparação e proteção das comunidades”, destacou.
Origem e história
Os povos pertencentes à família linguística Guarani formam a maior população indígena do Brasil, estando presentes em diversos estados do País. Ao longo do século XX, com base em critérios linguísticos, culturais e de distribuição territorial, passaram a ser classificados em três grupos principais: Nhadeva, Kaiowa e Mbya. Tendo o guarani como língua materna e elemento central de sua identidade, esses povos valorizam a oralidade como principal forma de transmissão de saberes.
Com informações da Fiocruz

