Brasília, 06/05/2025 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai investir R$ 13,4 milhões em ações para fomentar pesquisas científicas e qualificar profissionais com a oferta de cursos em pós-graduação. O anúncio ocorreu, nesta terça-feira (6), durante o evento Segurança Pública e Democracia — Iniciativas para a Produção de Conhecimento em Segurança Pública e Formação dos Profissionais do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), no Palácio da Justiça, em Brasília (DF). As iniciativas fazem parte das ações da Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp).
Desse montante, R$ 6 milhões serão destinados para o Programa de Apoio à Cooperação Acadêmica (Procad) Segurança Pública e Democracia. O valor será usado para o financiamento de projetos de pesquisa e de bolsas de iniciação à extensão, de mestrado, de doutorado e de pós-doutorado em prevenção à violência, enfrentamento das desigualdades e promoção de um sistema de segurança público mais eficiente.
A iniciativa da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Ensino e Pesquisa, vai ser executada em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“Não temos como avançar em segurança pública sem investirmos no conhecimento e sem nos associarmos à universidade. É partir dessa união que conseguiremos construir uma sociedade democrática, justa e igualitária”, declarou o titular da Senasp, Mario Sarrubbo.
O edital de abertura das inscrições para os projetos de pesquisa foi assinado pelo secretário Mario Sarrubbo e pela presidenta da Capes, Denise Pires de Carvalho. Serão selecionados seis projetos de pesquisa. O período de inscrições será de 2 de junho a 1º de agosto de 2025.
Os projetos serão submetidos em um dos seguintes eixos estratégicos: avaliação de implementação de políticas de segurança pública; saúde e qualidade de vida no trabalho dos profissionais do Susp; atuação do crime organizado e estratégias de enfrentamento; segurança pública e o enfrentamento das desigualdades racial e de gênero; impactos da incidência de armas de fogo na segurança pública; e vitimização e letalidade na atuação policial.
“Os editais Procad, firmados com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, significam reconstruir. Nós não podemos falar que teremos uma sociedade menos desigual e mais justa sem passarmos pela segurança pública. É uma questão de direito fundamental”, afirmou Denise.
Pós-graduações
Durante o evento, a Senasp também apresentou as pós-graduações lato sensu que serão ofertadas juntamente com cinco universidades federais. Serão 1.355 vagas em cursos voltados para os profissionais da segurança pública, como policiais civis, policiais militares, bombeiros militares, profissionais de perícia e guardas civis municipais. Parcerias com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e com a Secretaria Nacional de Políticas Penais também possibilitaram a oferta de vagas em alguns desses cursos aos seus profissionais. O investimento total ultrapassará R$ 7 milhões.
Serão oferecidas as seguintes especializações:
* Enfrentamento aos crimes ambientais e proteção de povos indígenas, pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
* Gestão e governança de segurança pública, pela Universidade de Brasília (UnB)
* Inteligência e inovação aplicadas no enfrentamento ao crime organizado, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
* Segurança pública e políticas sobre drogas, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
* Proteção de pessoas vulnerabilizadas, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
* Direitos digitais e segurança cibernética, pela UFBA
As quatro primeiras especializações já selecionaram os discentes que farão parte dos cursos.
“São ações que traduzem o compromisso da Senasp com a produção de conhecimento científico aplicado, a elaboração, a implementação e a avaliação de políticas de segurança pública que contribuem para um Brasil mais seguro, mais inclusivo e igualitário”, disse a diretora de Ensino e Pesquisa da Senasp, Michele dos Ramos.
A cerimônia também contou com a participação da reitora da UnB, Rozana Reigota Naves; da coordenadora do curso de pós-graduação lato sensu em enfrentamento de crimes ambientais e proteção de povos indígenas da UFGD, Cláudia Cristina Ferreira Carvalho; da coordenadora acadêmica do curso de pós-graduação lato sensu em inteligência e inovação aplicadas no enfrentamento ao crime organizado da UFSC, Gertrudes Aparecida Dandolini; da coordenadora do curso de pós-graduação lato sensu em proteção de pessoas vulnerabilizadas e do curso de direitos digitais e segurança cibernética da UFBA, Ivone Freire Costa; da pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da UFJF, Priscila de Faria Pinto; e da coordenadora-geral de pesquisa da Diretoria de Ensino e Pesquisa da Senasp, Carolina Taboada.