O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) participou, na última quarta-feira (19/11), do painel “Planejamento Espacial e Monitoramento da Vegetação Secundária: Conexões entre Ciência, Gestão e Recuperação da Vegetação Nativa”, realizado no Pavilhão Pará na Zona Verde da COP30. O evento integrou a programação estadual voltada à implementação de soluções baseadas na natureza e ao fortalecimento de políticas de restauração florestal em diferentes territórios da Amazônia.
A secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita Mesquita, destacou que “a vegetação secundária é um componente essencial da estratégia brasileira de restauração e adaptação climática” e que o Brasil vive “um momento decisivo para transformar áreas já em regeneração natural em mosaicos produtivos e ecológicos capazes de fortalecer a biodiversidade e contribuir para o cumprimento das metas climáticas internacionais”.
Rita enfatizou que o ministério tem atuado para fortalecer a governança da restauração por meio da integração de sistemas de monitoramento, da consolidação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do estímulo à cooperação federativa. Segundo ela, “o Pará vem assumindo um papel de destaque ao avançar em metodologias de priorização espacial e na análise da vegetação secundária, oferecendo bases sólidas para o planejamento ambiental”.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) foi representada pela diretora de Gestão de Florestas e Serviços Ambientais, Renata Nobre, que integrou o debate institucional sobre a relevância da regeneração natural e das políticas de restauração para o estado. Ela ressaltou a importância de alinhar metodologias científicas ao planejamento territorial.
O painel também reforçou que a vegetação secundária é estratégica por reunir “rápida capacidade de regeneração, alto potencial de captura de carbono e menor custo de implementação”, além de sua contribuição para recompor corredores ecológicos e reduzir a vulnerabilidade climática dos territórios amazônicos.
Durante o painel, o MMA destacou que o estado do Pará possui pelo menos quatro paisagens estratégicas no contexto das sinergias entre as Convenções da biodiversidade (CDB), do clima (UNFCCC) e do combate à desertificação (UNCCD). Essas paisagens reúnem condições favoráveis para acelerar ações de restauração, fortalecer a integração entre políticas ambientais e ampliar os resultados previstos pelas três convenções em nível territorial.
A iniciativa integra monitoramento, planejamento espacial, uso sustentável da terra e restauração como caminhos convergentes para fortalecer a adaptação climática da Amazônia e promover resultados rápidos e consistentes.
Ao final, Rita Mesquita reforçou que a cooperação entre estados, governo federal, instituições científicas e comunidades locais é fundamental para ampliar a escala da restauração e consolidar políticas públicas que dialoguem com as dinâmicas reais dos territórios. A secretária destacou ainda que a COP30 representa um marco para acelerar o compromisso do Brasil com a restauração de paisagens, o fortalecimento da sociobioeconomia e a proteção da biodiversidade amazônica.
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