MME anuncia conclusão de estudo para leilão do Bipolo Nordeste 2 que liga Rio Grande do Norte ao Paraná

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, nesta sexta-feira (14/11), a conclusão do estudo de planejamento que vai permitir a realização do leilão de transmissão para o corredor expresso Bipolo Nordeste 2, com 2.500 km de extensão entre Angicos (RN) e Itaporanga 2 (PR). Este será o primeiro sistema em tecnologia VSC de longa distância no Brasil, representando um avanço tecnológico inédito e um marco global na integração segura de grandes blocos de energia renovável.

A nova interligação Nordeste–Sul responde a necessidades estruturais do Sistema Interligado Nacional (SIN). A expectativa é expandir a capacidade de exportação do Nordeste de 13 GW (2025) para 24 GW (2035), viabilizando até 60 GW de potência instalada em geração eólica e solar no Norte e Nordeste no horizonte decenal. 

Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a decisão foi guiada por estudos estratégicos recentes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Essa infraestrutura reforça a flexibilidade e a estabilidade operativa do sistema elétrico nacional, sendo mais resiliente a falhas sistêmicas e facilitando a conexão de fontes intermitentes.

“Essa expansão fortalece pilares centrais do desenvolvimento elétrico brasileiro, acelerando a transição energética de forma segura e eficiente de fontes renováveis. Também garante mais segurança e resiliência operativa, além de fomentar a competitividade industrial, com suporte à nova economia verde, à produção de hidrogênio de baixa emissão e à instalação de data centers”, afirmou o ministro.

O secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Gustavo Ataíde, representou o ministro no evento Accelerating Action on Grids and Storage realizado durante a COP30, em Belém, nesta sexta-feira. Na ocasião, ele destacou que o projeto também prevê elevar a capacidade de importação da região Sul para 17 GW em 2033 e 18 GW em 2035. 

“Esse projeto amplia a resiliência em cenários de escassez hídrica e assegura o atendimento à crescente demanda regional, impulsionada por novas cargas industriais”, afirmou Ataíde.

O sistema VSC permite o controle preciso de potência, facilitando a conexão de fontes intermitentes, como a eólica e solar.

 

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Fonte: Ministério de Minas e Energia