O Ministério de Minas e Energia (MME) participou, nesta sexta-feira (5/12), do lançamento do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) produzido integralmente no Brasil, iniciativa anunciada pela Petrobras que representa um marco para a transição energética no setor aéreo nacional. Esse avanço reforça o compromisso do país com a redução das emissões de gases de efeito estufa e com o fortalecimento de uma indústria de baixo carbono.
A produção nacional do SAF está alinhada às diretrizes da Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), que estabelece bases regulatórias e incentivos para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis no Brasil. A iniciativa também dialoga com as metas internacionais de descarbonização da aviação, como o programa CORSIA, da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), ampliando a competitividade do setor aéreo brasileiro no cenário global.
“O SAF produzido no Brasil mostra que temos condições técnicas, regulatórias e industriais para liderar a descarbonização da aviação. Esse passo dado hoje é resultado de uma política estruturada, construída com muito diálogo com o setor produtivo e alinhada às metas climáticas internacionais”, ressaltou o coordenador-geral de Combustíveis Sustentáveis de Aviação do MME, Darlan Santos.
Produzido por meio do coprocessamento de matéria-prima de origem renovável em refinarias brasileiras, o SAF lançado pela Petrobras é compatível com a infraestrutura já existente de abastecimento e com as aeronaves em operação, o que permite sua adoção gradual pelo mercado sem necessidade de adaptações técnicas. O combustível conta com certificação internacional de sustentabilidade, assegurando conformidade com padrões ambientais reconhecidos globalmente.
Para o MME, o lançamento do SAF nacional demonstra o potencial do Brasil em liderar soluções energéticas sustentáveis, aproveitando sua capacidade industrial, conhecimento tecnológico e a diversidade de biomassas disponíveis no país. A iniciativa reforça a estratégia do Governo do Brasil em promover a transição energética de forma justa, com geração de empregos, inovação tecnológica e agregando valor à cadeia produtiva nacional.


