MME destaca liderança brasileira na construção de mercados internacionais de ferro verde

O Ministério de Minas e Energia (MME) participou de uma rodada de discussões dedicada ao avanço dos corredores internacionais de comércio de ferro verde, que é o ferro produzido com o mínimo ou zero emissões de carbono. Realizado na última sexta-feira (14/11), durante a COP30, em Belém (PA), o encontro aproximou representantes do Brasil e da União Europeia na construção de um modelo de parceria que gere benefícios mútuos, fortaleça a segurança econômica e acelere uma transição industrial justa e competitiva.

O ferro verde representa uma inovação decisiva para a descarbonização da indústria pesada. Diferente do método tradicional, o ferro verde substitui o carvão poluente por energia renovável (como hidrogênio) na produção, eliminando as emissões de carbono da indústria siderúrgica.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o papel estratégico do Brasil na nova economia mineral de baixo carbono e a integração do ferro verde a iniciativas como o Plano Nacional de Mineração 2050, a Política Nacional de Hidrogênio, o Plano de Transformação Ecológica e o Plano Clima. “O Brasil tem grande interesse em avançar na construção de corredores de comércio que conectem seu potencial mineral e energético às necessidades de mercados comprometidos com a descarbonização”, afirmou. 

O Brasil reúne condições únicas para assumir protagonismo global na economia mineral de baixo carbono, com vastas reservas minerais, minério de alta qualidade, capacidade competitiva para a produção de hidrogênio verde e uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo. O encontro, ressaltou, ainda, a importância da cooperação internacional para consolidar um mercado mais fluido e previsível de ferro verde, capaz de fortalecer cadeias siderúrgicas, reduzir custos de transição e ampliar a competitividade industrial em um cenário de exigências crescentes relacionadas a emissões.

As discussões também abordaram os pilares de um modelo de parceria entre países produtores e compradores, incluindo previsibilidade de demanda, mecanismos de descarbonização industrial e cooperação tecnológica. A formação de mercados antecipados, o uso de instrumentos de redução de riscos, como contratos de longo prazo, garantias e financiamentos concessionais, e a integração entre políticas industriais e climáticas foram apontados como elementos essenciais para viabilizar os primeiros projetos em escala comercial. 

Outro ponto central do debate foi o papel dos países do Sul Global na construção de parcerias equilibradas, que respeitem prioridades de desenvolvimento e ampliem o valor agregado das exportações. Estudos apresentados mostram que, ao complementar sua produção doméstica com ferro verde oriundo de países com abundância de energia renovável, como o Brasil, a União Europeia pode reduzir custos industriais, fortalecer sua resiliência energética e abrir novas oportunidades para investimentos, transferência tecnológica e qualificação profissional. O comércio internacional de ferro verde deve ser um instrumento de cooperação estruturante para acelerar a transformação global da indústria.

O MME reforçou, ainda, que transformar o potencial brasileiro em uma oferta estável e competitiva de ferro verde representa uma oportunidade histórica para reposicionar o país na economia da transição energética.

 

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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Fonte: Ministério de Minas e Energia