O Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil reforçou seu protagonismo internacional ao copresidir, ao lado do Japão, a 1ª Reunião Ministerial sobre Combustíveis Sustentáveis. O evento foi realizado na cidade japonesa de Osaka, na última segunda-feira (15/09), e reuniu ministros e delegados de 34 países e organizações internacionais, consolidando o papel do MME na liderança de iniciativas globais para acelerar a transição energética e a descarbonização das matrizes energéticas.
A reunião marcou um passo decisivo para o futuro dos combustíveis sustentáveis líquidos e gasosos, como biocombustíveis, biogás, hidrogênio de baixa emissão e combustíveis à base de hidrogênio, incluindo metano e combustíveis sintéticos. Sob a coordenação do MME, as nações discutiram estratégias para incentivar, acelerar e expandir a produção e a utilização desses combustíveis em âmbito mundial, com a meta de quadruplicar os níveis atuais até 2035.
“O governo do presidente Lula tem clareza de que a transição energética precisa ser inclusiva, gerar oportunidades e respeitar as diferentes realidades de outros países. É nesse espírito que o Brasil constrói pontes e coopera internacionalmente. Nossa expertise com o etanol e o biodiesel demonstram a imensa capacidade brasileira de liderar a transição energética mundial, e é dessa forma que trabalharemos em parceria com outras nações”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao comentar a agenda.
Durante o evento, o MME enfatizou a necessidade de adotar uma abordagem de múltiplas alternativas para alcançar a neutralidade de carbono, reconhecendo que os combustíveis sustentáveis desempenham papel crítico no contexto energético atual. Além de contribuírem para a redução das emissões de gases de efeito estufa, eles oferecem segurança energética, crescimento econômico e criação de empregos.
Entre os principais pontos de destaque da reunião estiveram a colaboração multissetorial para ampliar o uso de combustíveis sustentáveis em aviação, transporte marítimo e rodoviário, bem como na indústria, respeitando os diferentes pontos de partida e circunstâncias nacionais. Também se destacou o aproveitamento da infraestrutura existente, já que determinados combustíveis sustentáveis podem ser transportados e armazenados com facilidade, aumentando a segurança do suprimento energético e fortalecendo o enfrentamento a desastres.
Outro tema central defendido pelo MME foi o desenvolvimento de estratégias eficazes no transporte rodoviário, combinando combustíveis sustentáveis, como biocombustíveis e combustíveis sintéticos, com equipamentos de alto desempenho, como motores flex fuel e híbridos. Houve ainda ênfase na aceleração do fornecimento desses combustíveis, levando em conta compromissos de sustentabilidade e descarbonização assumidos pelos governos e indústrias na Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e na Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês).
A atuação brasileira também reforçou a necessidade de redobrar esforços na indústria para acelerar a utilização de combustíveis e matérias-primas sustentáveis, promover a diversificação e a descarbonização das instalações existentes e estimular a demanda por combustíveis sustentáveis com ferramentas de políticas públicas, como metas nacionais, planos de ação e compras públicas. Além disso, foi destacada a importância da cooperação no desenvolvimento de metodologias transparentes de contabilidade de carbono para apoiar políticas públicas e melhorar continuamente os combustíveis sustentáveis, bem como o fomento à pesquisa e à inovação para reduzir custos e implementar tecnologias e infraestruturas essenciais, incluindo captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês).
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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