O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) participa, desde segunda-feira (9), da Conferência Mundial dos Oceanos da ONU, realizada em Nice, na França. O evento reúne lideranças globais para discutir soluções voltadas à conservação e uso sustentável dos oceanos no contexto da implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (ODS 14), que tem como objetivo geral “conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável”.
No primeiro dia, o MPA acompanhou o painel “Mares Sustentáveis: Uma Abordagem Holística para a Pesca e Oceanos Prósperos”, que abordou o papel estratégico da pesca sustentável na saúde dos oceanos. A agenda destacou a importância do manejo responsável dos recursos marinhos e da regulamentação baseada em evidências científicas como ferramentas essenciais para a sustentabilidade da atividade pesqueira.
Durante o painel, especialistas e representantes internacionais reforçaram a conexão entre pesca, ciência e políticas públicas. O debate abordou ainda temas como a rastreabilidade e a certificação de produtos pesqueiros, o combate à pesca ilegal e o fortalecimento dos mercados sustentáveis. O painel também ressaltou o compromisso com o ODS 14.4, que trata especificamente da regulação da pesca e da proteção dos estoques marinhos.
Cooperação científica a bordo do navio de pesquisa OceanXplorer
O MPA também participou da seção especial “Eliminando a lacuna entre a ciência, conhecimento e ação”, promovida a bordo do navio de pesquisa multidisciplinar OceanXplorer, a convite da International Platform for Ocean Sustainability (IPOS).
A atividade teve como objetivo fomentar novas oportunidades de cooperação internacional em ciência oceânica e comunicação científica voltada para a conservação marinha. O Brasil foi representado pela Coordenadora-Geral de Ordenamento da Pesca Industrial do MPA, Mariana Lobato, pelo Diretor de Pesquisa e Estatística do MPA, Alex Lira, pela Coordenadora-Geral de Gestão Participativa Costeira e Marinha do MPA Adayse Bossolani e pelo professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.
“O encontro foi muito importante para o Brasil, permitindo uma aproximação com a IPOS, abrindo uma possibilidade de parceria institucional para avançar nas pesquisas científicas oceânica com a participação do País”, contou Alex.