Em abril, o custo da cesta básica na Capital sul-mato-grossense chegou a R$ 805,08, o que representa um aumento de 2,09% em relação a março.
Com variação acumulada de 9,87% nos últimos 12 meses, Mato Grosso do Sul registrou a segunda maior alta no preço da cesta básica entre as capitais brasileiras. Os dados são do levantamento mensal do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que apontou Campo Grande atrás apenas de São Paulo, onde o aumento foi de 10,50%.
Em abril, o custo da cesta básica na Capital sul-mato-grossense chegou a R$ 805,08, o que representa um aumento de 2,09% em relação a março. Para uma família de quatro pessoas, o valor estimado foi de R$ 2.415,24.
A alta acumulada tem pressionado o orçamento dos trabalhadores. No mês passado, foi necessário comprometer 57,34% do salário mínimo líquido apenas para adquirir os produtos essenciais de alimentação – aumento de 1,18 ponto percentual em comparação a março.
Cabe ressaltar que a jornada de trabalho exigida também subiu: foram necessárias 116 horas e 41 minutos, ou seja, 2 horas e 24 minutos a mais que no mês anterior.
Café dispara e lidera aumentos
Entre os produtos que mais contribuíram para a alta no mês estão os alimentos consumidos no café da manhã. O café apresentou novo aumento, de 12,52%, acumulando 102,44% de alta em 12 meses. O açúcar cristal também teve elevação de 2,74%, impulsionado pela oferta limitada diante da alta demanda.
A banana foi a exceção no grupo, com queda de 3,91%, puxada pela boa oferta da variedade nanica. Ainda assim, a cesta ficou mais cara.
Outros itens com aumentos expressivos foram a batata (21,07%) e o tomate (15,63%), que mantiveram tendência de alta iniciada no começo do ano. Já o arroz teve queda de 5,81% e o feijão carioquinha, após um trimestre em baixa, voltou a subir: 3,01%.
Apesar da leve retração de 0,52% no preço da carne bovina, o valor médio do quilo ainda pesa no bolso do consumidor: R$ 43,95. O mesmo ocorre com o óleo de soja, que caiu 2,17%, mas segue custando R$ 7,13 — ambos bem acima dos valores registrados em abril de 2024.
A tendência, segundo o Dieese, é de que os preços continuem instáveis nos próximos meses, com possíveis alívios pontuais em função da safra agrícola.
Fonte: Campograndenews