Em comemoração ao Dia Internacional e Nacional da Economia Solidária, o Ministério do Trabalho e Emprego realizou o Seminário de Relançamento do Observatório Nacional de Economia Popular e Solidária, no dia de ontem (15), em Brasília. A iniciativa é uma parceria do MTE, por meio da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária, juntamente com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Realizado na sede do MTE, o evento teve como objetivo apresentar pesquisas e dados sobre a realidade dos empreendimentos solidários no país. Para o secretário nacional de Economia Popular e Solidária do MTE, Gilberto Carvalho, a reestruturação do Observatório é essencial para compreender o cenário atual e construir políticas públicas consistentes. “Somente com um diagnóstico preciso será possível formular políticas eficazes e alinhadas à realidade. Por isso, este relançamento, realizado na data de hoje (15) tem um significado tão importante para todos nós”, destacou Carvalho.
Na sequência, pesquisadores do IPEA apresentaram três artigos publicados na seção de economia solidária da edição nº 80 do Boletim Mercado de Trabalho da Instituição: “Os dados da Economia Solidária”; “Vale a pena se Associar” e “Trabalhadores da Floresta”. Conforme pesquisador do IPEA Felipe Pateo, autor do segundo artigo, o estudo compara trabalhadores associados e não associados. “Os dados confirmam que empreendimentos associativos oferecem melhores condições de trabalho e maior proteção social, mas ainda enfrentam obstáculos, especialmente na formalização e na geração de renda para os grupos mais vulneráveis”, destacou Pateo.
O Dieese também apresentou um estudo sobre os Centros Públicos de Comercialização da Economia Solidária, realizado a pedido da Senaes. Segundo o técnico do Dieese Marcos Melo, que está à frente do estudo, os centros são ocupados majoritariamente por mulheres, que além de terem um espaço de comercialização e geração de renda, encontram oportunidades de organização coletiva. “Além do acolhimento, esses espaços promovem formação cidadã, com debates sobre gênero, raça e justiça social. Também contribuem para a reconstrução subjetiva, utilizando o trabalho manual e coletivo como ferramenta para fortalecer autoestima e dignidade”, destacou Melo.
Ao final do seminário, foi lançada a nova página do DIEESE com as últimas atualizações o Cadastro Nacional de Empreendimentos Solidários (Cadsol).
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Assista o seminário: Seminário de Relançamento do Observatório Nacional de Economia Popular e Solidária


