Com foco em promover a educação política para ampliar a participação das mulheres nas discussões e ações relacionadas à mudança do clima, a Cartilha Mulheres e Clima, lançada durante a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), reforça o compromisso do Brasil em integrar a perspectiva de gênero nas políticas ambientais e climáticas.
De acordo com a ministra Márcia Lopes, as mulheres são as mais impactadas pelas mudanças do clima e, ao mesmo tempo, promotoras de soluções para o cenário de crise. “As mulheres, especialmente as indígenas, quilombolas, rurais e periféricas, estão na linha de frente dos impactos climáticos, mas também são fundamentais na construção de soluções. Só haverá justiça climática com justiça de gênero. Esta cartilha é um instrumento de formação, empoderamento e ação política”, pontuou a ministra.
Fruto de uma parceria entre o Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional GIZ, a publicação está dividida em eixos que oferecem subsídios à atuação política das mulheres para a mobilização, bem como para influenciar na elaboração de políticas públicas. Conta ainda com um glossário sobre termos técnicos da agenda pelo clima. Também apresenta casos em que mulheres lideram o enfrentamento à crise climática como hortas urbanas, bancos de sementes, projetos de manejo e irrigação de água no semiárido e iniciativas de comunicação popular.
O material ainda pode ser utilizado como guia para gestoras e gestores estaduais e municipais na incorporação da perspectiva de gênero em planos locais de clima, prevenção de risco e desastres e reforça a necessidade de financiamento específico e estímulo à participação social.
Fortalecimento da agenda sobre mulheres e clima
O Ministério das Mulheres tem atuado para consolidar seu mandato na agenda climática, principalmente com foco nos debates da COP30 (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontece em Belém do Pará, de 10 a 21 de novembro. Na 5ª CNPM, um dos destaques foi a Tenda de Mulheres, espaço dedicado a debater gênero, clima e territórios, com participação de lideranças de todos os biomas brasileiros.
Além disso, a Estratégia Transversal Mulheres e Clima – prevista para lançamento em 2026 – foi oficialmente incluída no Plano Clima do Brasil, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A medida assegura que as políticas de adaptação e mitigação considerem as necessidades e contribuições das mulheres, alinhando-se a compromissos internacionais como a NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) e o Plano de Ação de Gênero da ONU.
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Acesse a Cartilha Mulheres nas ações climáticas.
Fonte: Ministério das Mulheres


