O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, concedeu entrevista ao Canal Rural no estúdio da emissora instalado na AgriZone, espaço do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Embrapa montado em Belém durante a COP30. Ele esteve acompanhado pela presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e pelo governador do Pará, Helder Barbalho, estado anfitrião da conferência. Ao longo da conversa, Fávaro reforçou o papel central da agricultura sustentável na agenda climática.
Segundo o ministro, a criação da AgriZone dentro da sede da Embrapa Amazônia Oriental oferece ao mundo a oportunidade de conhecer de perto a agricultura tropical brasileira e suas tecnologias. Ele destacou que esta é a primeira vez que um país leva para uma COP demonstrações reais de práticas agropecuárias dentro de um centro de pesquisa.
“Belém nos dá a oportunidade de mostrar o mundo real. Inovamos ao trazer para dentro da conferência as tecnologias que mostram como o Brasil produz com sustentabilidade. Isso só foi possível pela parceria com a Embrapa, pelo apoio do Governo do Pará e pelos patrocinadores que ajudaram a construir este espaço”, afirmou.
Fávaro também ressaltou que o Brasil combina produtividade, ciência e preservação ambiental. Ele destacou que a trajetória da agropecuária brasileira nas últimas cinco décadas se baseia na pesquisa, no desenvolvimento tecnológico e no uso eficiente e responsável do solo, sempre com o Código Florestal como referência.
Ao tratar das políticas para o futuro da agricultura brasileira, o ministro destacou o Caminho Verde Brasil, programa que recupera áreas degradadas e evita a expansão sobre novas fronteiras. Segundo ele, mais de R$ 50 bilhões já foram disponibilizados para apoiar produtores que optam por restaurar terras antropizadas. “Mostramos de forma clara os resultados do Caminho Verde Brasil. É o futuro que queremos, áreas degradadas voltando a ser terras de excelência”, disse.
Fávaro comentou ainda o lançamento do projeto RAIZ, desenvolvido pela FAO e inspirado na experiência brasileira. A iniciativa busca captar recursos internacionais para apoiar a recuperação de áreas degradadas em diversos países. “A FAO captou a mensagem brasileira e reconheceu o potencial global dessa estratégia. É o Brasil dando exemplo de produção sustentável”, afirmou.
O governador Helder Barbalho destacou o papel estratégico do Pará como sede da COP30 e ressaltou que o agro brasileiro demonstra ao mundo ser possível conciliar produção e preservação. Já a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, chamou atenção para o grande interesse internacional pelas tecnologias apresentadas e lembrou que a instituição é referência mundial em agricultura tropical.
Ao encerrar a entrevista, Fávaro reiterou que o Brasil apresenta resultados concretos que comprovam sua capacidade de unir produção e conservação ambiental. “Mostramos ao mundo como é possível produzir mantendo o meio ambiente como ativo fundamental”, concluiu.
Informação à imprensa
[email protected]


