Novo delegado da PF em Corumbá inclui Pantanal no combate ao crime na fronteira

(Fotos: Silvio de Andrade)

A posse do delegado chefe contou com a presença do superintendente regional da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Carlos Henrique Dotta D’Ângelo

Os desafios da Polícia Federal em Corumbá no combate ao crime na complexa fronteira seca com a Bolívia, uma das principais entradas para o Brasil e outros países de drogas, armas, tráfico de pessoas e contrabando de imigrantes, se estendem também para o vasto território do Pantanal, com foco nos crimes ambientais e produto ilícitos.

O novo chefe da delegacia da PF no município, Alexsandro Pereira de Carvalho, 50, informou que a instituição atuará fortemente no bioma pantaneiro, dando prosseguimento à ação coordenada no ano passado pela Base Quadrante, unidade implantada em Corumbá no auge da seca extrema e incêndios florestais devastadores no ano passado.

Ao tomar posse no cargo na manhã desta sexta-feira, 31, o delegado disse que a durante a fiscalização e atuação ambiental por conta dos crimes ambientais a Base Quadrante realizou um mapeamento das pistas clandestinas existentes no Pantanal, as quais servem ao tráfico de drogas. Com esse levantamento, a PF vai rastrear toda a região para combater o transporte aéreo de drogas, que é feito também pelos rios.

“Temos investigações em andamento e, como novidade, a implementação da Base Quadrante, que permitirá intensificar o monitoramento da região”, adiantou.

Novo delegado da PF em Corumbá inclui Pantanal no combate ao crime na fronteira
Superintendente da PF, Carlos D’Ângelo, prestigiou a posse do novo delegado (à direita)

Carvalho que atuou como militar pelo 17º Batalhão de Fronteira do Exército na década de 1990 tem ainda a experiência de ter trabalhado na fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã. As questões que envolvem o crime na fronteira com a Bolívia, segundo ele, “precisam ter um olhar sério” por parte da Polícia Federal.

Disse que a PF acompanha a chegada e a dinâmica dos grupos criminosos brasileiros na Bolívia, em especial em Santa Cruz de La Sierra, distante 600 km da fronteira. “Estamos atentos a esse movimento do crime organizado no vizinho país e esperamos ampliar o diálogo com o novo governo boliviano para uma atuação forte e conjunta”, observou.

A fronteira de Corumbá com a Bolívia tem aproximadamente 517 quilômetros de extensão, dos quais cerca de 386 quilômetros são de fronteira seca. A linha demarcatória internacional estende-se desde a foz do Rio Nabileque (afluente do Rio Paraguai), próximo ao Forte de Coimbra, até o marco norte da lagoa Gaíva, no limite do município com Cáceres (MT).

A posse do delegado chefe contou com a presença do superintendente regional da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Carlos Henrique Dotta D’Ângelo.

Fonte; Campograndenews