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sexta-feira, 29 de março, 2024
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O que se sabe sobre grupo de extermínio que atua na fronteira com o Paraguai


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Mateo Martínez Armoa e Anabel Centurion Mancuelo
Reprodução/Redes Sociais e Polícia Paraguaia

Mateo Martínez Armoa e Anabel Centurion Mancuelo


Ao menos cinco assassinatos recentes chamaram a atenção dos moradores da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, vizinha da brasileira Ponta Porã (MS). Além da violência, os crimes possuem outra coisa em comum: bilhetes com mensagens referentes a um grupo de extermínio autointitulado “Justiceiros da Fronteira” – organização criminosa que, supostamente, faz “justiça com as próprias mãos” e mata pessoas com antecendentes criminais.

No primeiro caso noticiado, ocorrido em 26 de julho, o casal Mateo Martínez Armoa, de 21 anos, e Anabel Centurion Mancuelo, de 22 anos, foi assassinado com mais de 35 tiros no Paraguai . Ao lado do corpo de Mateo, a polícia do país vizinho encontrou um bilhete, em espanhol, assinado pelo grupo. Havia um recado: “Favor não roubar” – traduzido para o português. De acordo com as autoridades paraguaias, o rapaz morto tinha antecedentes criminais.

Dois dias depois, um roteiro muito parecido. Desta vez, u m adolescente de 17 anos foi encontrado morto com sinais de violência : facadas, mordidas de animais, além de mãos decepadas. Um bilhete deixado em suas pernas, escrito em espanhol, dizia: “Os justiceiros estão de volta, avisamos que é só o começo da morte dos ladrões” – na tradução ao português.

Já neste domingo (1º), dois irmãos, que se locomoviam em uma moto, foram alvejados por mais de 30 tiros e morreram no local . Os disparos, segundo testemunhas, foram feitos por pessoas que estavam em uma camionete. Na cena do crime, mais um aviso: “Não serão aceitos roubos na região”.

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Violência

A região fronteiriça entre Brasil e Paraguai, que compreende, entre outras cidades, Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (Brasil – MS), é considerada bastante violenta por conta dos constantes assassinatos, bem como por ser um corredor para o tráfico de armas e drogas.



Ao Portal G1, o delegado Clemir Vieira, responsável pela Polícia Civil em Ponta Porã, afirmou que a maioria dos assassinados têm antecedentes em crimes contra o patrimônio. Segundo ele, os “Justiceiros da Fronteira” devem ser uma organização criminosa que faz “justiça com as próprias mãos”. Ele não descarta, porém, a hipótese de atuação individual.