“Os povos indígenas do Tapajós, os quilombolas e ribeirinhos serão ouvidos antes da implementação de qualquer projeto na região”. A afirmação é do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), Guilherme Boulos, neste domingo (16), durante a entrega da declaração final da Cúpula dos Povos à presidência da COP 30 em Belém.
O encerramento da Cúpula dos Povos, que se reuniu na capital paraense entre os dias 12 e 16 de novembro, contou também com a participação das ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago.
O documento entregue reafirma a preocupação com os povos que trabalham nas áreas rurais e marítimas e reforça a necessidade de fazer parcerias mais fortes entre os países, principalmente os do Sul, para juntos terem mais protagonismo e voz nas discussões climáticas.
O ministro Guilherme Boulos disse ainda que a Secretaria-Geral criará uma mesa de diálogos em Brasília, com representantes de todos os povos da região do Tapajós, para construir soluções com participação direta dos envolvidos.
Nesse mesmo sentido a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou que a democracia é feita com participação do povo, com escuta e compromisso. “E é com esse senso de responsabilidade que a gente chega aqui para acolher a carta construída pelos maiores guardiões da vida”, disse Sonia Guajajara.
Já a ministra Marina Silva relembrou a afirmação do presidente Lula de que a Conferência do Clima em Belém é a COP da verdade e da implementação. “O que foi feito até agora não tem sido suficiente, porque o clima já mudou. O que vivemos atualmente não é mais urgência, é uma emergência climática”, disse a titular da pasta do Meio Ambiente e Clima.
Cúpula dos Povos – O evento reuniu cerca de 1,3 mil movimentos sociais, redes e organizações populares de todo o mundo na Universidade Federal do Pará, às margens do Rio Guamá, em Belém (PA).
Fonte: Secretaria-Geral


