Pesquisas que definirão colega de chapa de Azambuja ao Senado só em fevereiro

Gerson Claro, Gianni Nogueira, Dr. Luiz Ovando e Capitão Contar são os favoritos para a vaga - FOTO: Montagem

No momento, estão no páreo pela segunda vaga Gerson Claro, Gianni Nogueira, Dr. Luiz Ovando e Capitão Contar.

Os pré-candidatos à segunda vaga na chapa que será encabeçada pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) ao Senado nas eleições gerais de 2026 terão de viabilizar os próprios nomes até o fim de fevereiro do próximo ano.

Conforme apuração do Correio do Estado, as pesquisas quantitativas e qualitativas que apontarão quem fará a “dobradinha” com Azambuja serão as publicadas no segundo mês de 2026 e, portanto, os interessados terão os próximos quatro meses para parecerem o mais viável possível. 

Atualmente, estão no páreo o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP), a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), e o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).

No entanto, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem, no caso do Capitão Contar, ele precisará migrar do PRTB para o PL ou para o PP se quiser ser o segundo na chapa de centro-direita para o Senado.

Além disso, o nome do senador Nelsinho Trad (PSD) está descartado pelas lideranças do PL e PP em decorrência dos irmãos dele, Fábio Trad (PT) e Marquinhos Trad (PDT), estarem em partidos da esquerda, o que vai frontalmente contra a estratégia do arco de aliança de centro-direita no Estado para 2026.

Outro agravante é que o ex-deputado federal Fábio Trad tem ainda a possibilidade de sair candidato a governador pelo PT, batendo de frente com a candidatura de reeleição de Riedel, portanto, Nelsinho terá de viabilizar a candidatura de reeleição ao Senado de forma independente.

REUNIÃO

No dia 5 deste mês, reunião entre o governador Eduardo Riedel (PP), a senadora Tereza Cristina (PP) e o ex-governador Reinaldo Azambuja já tinha tratado sobre o nome do segundo pré-candidato a senador na chapa de centro-direita no pleito do próximo ano.

O Correio do Estado apurou com interlocutores das três principais figuras políticas sul-mato-grossenses que o nome da aliança para fazer “dobradinha” com Azambuja na disputa pelas duas vagas para senadores da República nas eleições de 2026 no Estado ainda não estava definido, porém, os mais cotados foram os quatro citados anteriormente. 

Ainda nessa ocasião, tinha sido definido que o escolhido será o que melhor performar nas pesquisas qualitativas e quantitativas que serão encomendas pelas lideranças dos dois partidos, entretanto, a data para o martelo ser batido estava em aberto, porém, agora ficou acertado que será mesmo em fevereiro de 2026.

Ou seja, próximo da janela partidária e também do prazo para quem desejar trocar de partido ou renunciar a algum cargo eletivo ou público para concorrer nas eleições gerais de outubro de 2026, dando tempo para entrar de cabeça na campanha eleitoral.

A definição por meio de pesquisas foi a forma encontrada para que evitar que alguém force a barra para impor um segundo nome ao Senado que não tenha chances reais de ser eleito em outubro de 2026. 

Azambuja, Tereza e Riedel teriam combinado que pressão nenhuma vai desviá-los do objetivo, que é eleger dois senadores da direita, considerando que as últimas movimentações da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), deixaram claro que ela será candidata a senadora e com a bênção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Mato Grosso do Sul.

O trio reconhece que ela será uma adversária muito forte e, por isso, terão de redobrar os esforços para cumprir o que foi combinado com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) de eleger dois senadores da direita no Estado. 

Na reunião, os três caciques do PP e do PL discutiram as formas para tornar realidade essa possibilidade, mas eles entendem que, para isso, a direita precisará estar unida. 

Nesse sentido, eles acreditam que, com o apoio de quase a totalidade dos 79 prefeitos do Estado, bem como de mais de 700 vereadores de Mato Grosso do Sul, terão grandes chances de atingir esse objetivo.

500 mil votos válidos

Essa será a quantidade mínima necessária de votos válidos para eleger um senador da República no Estado nas eleições gerais do próximo ano, conforme análise do diretor do Instituto de Pesquisa de Mato Grosso do Sul (Ipems), Lauredi Sandim

Fonte: Correio do Estado