Assunção/Paraguai. Nesta segunda-feira (15/09), a Polícia Federal e a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY), com o apoio da Força-Tarefa Conjunta e do Ministério Público Paraguaio, deram início à 52ª fase da Operação Nova Aliança. Esta é a quinta fase da operação realizada em 2025, consolidando-se como a maior ação internacional voltada à erradicação de plantios ilícitos de Cannabis no mundo.
Somente neste ano, as quatro fases anteriores resultaram na destruição de aproximadamente 3.600 toneladas de maconha, cultivadas em cerca de 1.400 hectares de áreas remotas e de difícil acesso.
Desde sua criação, em 2012, a cooperação entre a Polícia Federal e a SENAD/PY tem sido decisiva na remoção sistemática de plantações clandestinas de maconha na região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Nesse período, mais de 43.000 toneladas de maconha foram erradicadas.
De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2024, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a maconha permanece sendo a droga mais consumida globalmente, com crescente diversificação de produtos e aumento no teor de THC, especialmente em regiões onde sua legalização foi implementada.
A Operação Nova Aliança não apenas promove o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, como também contribui para a restauração ambiental, por meio da Operação Restaurar, conduzida pelo Instituto Nacional de Florestas do Paraguai.
A 52ª fase da Operação Nova Aliança prosseguirá com o apoio técnico-científico da Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal (INC/DITEC/PF), que, por meio de Peritos Criminais Federais, atuará em cooperação com peritos do Laboratório Forense e do Centro de Evidências da SENAD/PY na coleta de amostras da planta e do solo nas áreas de erradicação.
Essa iniciativa visa traçar o perfil químico da droga, identificar sua origem, os produtos utilizados em seu cultivo, a pureza da substância e as condições em que foi processada e transportada.
Além de aprimorar as investigações, os resultados obtidos servirão como provas técnicas em processos judiciais e fornecerão subsídios estratégicos para o enfrentamento das organizações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas.
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Fonte: Polícia Federal