O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou o Plano Nacional de Redução e Reciclagem de Resíduos Orgânicos Urbanos (Planaro), na última quarta-feira (12/11), em Belém (PA). O Plano prevê R$ 12 bilhões de investimentos (Capex), destinados a ativos de longo prazo como maquinário e infraestrutura, que são cruciais para a transição ecológica do setor.
O Planaro, amplamente discutido nos últimos dois anos, estabelece a meta de valorizar 73,5% dos resíduos orgânicos urbanos (ROU) até 2050, com um objetivo intermediário de 31,6% até 2030. Esta transição deve gerar 40 mil novos empregos em 25 anos, o que representa um aumento de 30% no setor atualmente.
O secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, destacou que o Plano tem dois objetivos estratégicos principais. “Buscamos a redução da geração de resíduos a partir da prevenção do desperdício de alimentos e a ampliação da valorização de ROU por meio de compostagem, biodigestão anaeróbia e o fortalecimento de organizações de catadoras e catadores”, explicou.
“O Planaro era esperado pela sociedade civil e empresas do setor. O Brasil tem agora uma visão de longo prazo estruturada para o setor crescer de forma planejada”, afirmou o coordenador de resíduos sólidos do Instituto Pólis, Victor Argentino, cuja organização participou ativamente das discussões. Argentino ressaltou que a compostagem já vinha crescendo, mas carecia de um plano específico, visto que metade dos resíduos gerados nas cidades brasileiras são orgânicos.
Além do Instituto Pólis, participaram das discussões sobre o Planaro o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Waste and Resources Action Program (WRAP) e o Global Methane Hub (GMH).
O Brasil, como signatário do Compromisso Global do Metano, assumiu a meta de reduzir em 30% as emissões de gás até 2030. O setor de resíduos é responsável por grande parte das emissões de metano no Brasil, sendo a disposição final de resíduos orgânicos urbanos.
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