07/09/2015 11h
“Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!”. (D. Pedro I em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga)
Por: Dora Nunes
A grande maioria da população que todos os anos prestigiam o desfile cívico realizado na Avenida Brasil em Ponta de Porã não imagina de que maneira era feito nem ao menos onde acontecia em outras épocas, este breve relato vem realizar uma retrospectiva deste evento em nossa cidade que atrai tantos fronteiriços a prestigiar o amor à pátria.
Avenida Marechal Floriano lotada a população local aguardando com euforia o início do desfile daquele ano, o palco das autoridades já estava montado todo em madeira no centro da avenida a transmissão era realizada do alto do sobrado da loja “Casa Buri” de propriedade o senhor Benoni (Tio Benoni), que sedia o local no andar superior de sua loja para que o mesmo servisse de bancada para os locutores, (atualmente nesse mesmo local funciona a loja de sapatos Genesis).
Avenida Marechal Floriano toda enfeitada seus paralelepípedos limpos ao longo das calçadas os postes de madeiras também recebiam adornos e fechamento de cordas para segurança da plateia, os locutores da época Srº Adão Bueno e Srº Velocindo da Silva (Velo) transmitiam o desfile através de alto falantes instalados no sobrado e na extensão da Avenida, o desfile começava próximo a Praça Lício Proença Borralho onde hoje se localiza os box das novas lojas dos camelôs na linha internacional, seguindo em direção a parte alta da Avenida.
Segundo relatos do senhor Adão Bueno que transmitiu o desfile por longo tempo, quem teve o privilegio de fazer parte deste período histórico percebe o quanto a cidade de Ponta Porã se desenvolveu, a fronteira em geral progrediu, a juventude de hoje não tem muitas informações, não imaginam que por baixo destes asfaltos da Avenida Marechal Floriano existe blocos de paralelepípedos que foram colocados para modernizar e deixar o centro comercial da cidade mais limpo em outros tempos.
Buscando em sua memória o senhor Adão Bueno ressalta que esse período era de plena ditadura militar e para que fosse realizada a transmissão do desfile o mesmo deveria ter toda logística e autorização monitorada do 11º Regimento de Cavalaria.
Os locutores autorizados nesse período pelo comando militar eram o senhor Adão Bueno e Velocindo Farias da Silva (velo). Vale lembrar que o senhor Velocindo continua transmitindo o
desfile, isso ocorre por décadas que neste ano de 2015 completa 50 anos de palanque oficial, voz conhecida nas transições por todos na cidade, como também no cerimonial da Prefeitura Municipal.
Adão Bueno que tinha seus programas de radio nestes tempos, dedicou se mais para politica e ao esporte, dirigindo várias equipes na cidade e em outras regiões do Estado e no país vizinho Paraguai, bicampeão da copa morena de futebol de salão pela equipe da fazenda Itamarati, participando de enumeras copas morenas, campeão regional e estadual por equipes de futebol de gramado, tais como Bota fogo e Operário, dirigente esportivo, membro da liga amadora de futebol e atuando como assessor político e dentro de Ponta Porã como também em outros municípios de Mato Grosso do sul.
Rememorar é uma forma de manter sempre acesa a memória histórica e cultural de uma nação.




