Estagnação no preço do arroz preocupa setor
Mesmo diante de uma inflação acumulada superior a 25% nos últimos quatro anos, o preço do arroz praticamente não apresentou evolução significativa no mesmo período. A análise é de Sérgio Cardoso, diretor de operações da Itaobi Representações, que ressalta a defasagem nos valores pagos ao produtor.
Comparativo entre 2021 e 2025 revela perda de valor real
Segundo Cardoso, em 2021, na semana 28, os preços praticados na Fronteira Oeste estavam entre R$ 63 e R$ 64 para o arroz comercial, R$ 59 a R$ 60 para o parboilizado e R$ 64 a R$ 65 para o arroz nobre. Atualmente, o indicador CEPEA/IRGA-RS marca R$ 73,31. Embora haja um aumento nominal, a correção é considerada tímida, resultando em perda de valor real para os produtores.
Mudanças na comunicação, mas não nos desafios
O dirigente destaca que, nos últimos anos, o setor agro passou por uma transformação na forma de se comunicar. As publicações impressas foram substituídas por canais digitais como LinkedIn e YouTube, que hoje são as principais fontes de informação e análise do mercado. No entanto, apesar da modernização no formato, os obstáculos enfrentados pela cadeia do arroz seguem praticamente os mesmos.
Principais entraves: consumo estagnado e custos altos
Entre os principais problemas estruturais apontados estão:
- Consumo interno estagnado
- Estoques de passagem elevados
- Exportações abaixo do necessário
- Custos de produção em constante alta
Esse cenário compromete diretamente a rentabilidade dos produtores e afeta toda a cadeia produtiva do arroz no Brasil.
Reflexão permanece: quem vai garantir remuneração justa?
A pergunta que há anos circula entre os profissionais do setor segue sem resposta. Para Sérgio Cardoso, mesmo com a evolução nas formas de comunicação, o problema central permanece o mesmo: como garantir uma remuneração justa para uma cadeia produtiva que tem papel essencial na alimentação do país?
“De lá pra cá, evoluímos na forma de comunicar, mas ainda seguimos debatendo a mesma pergunta: quem vai remunerar de forma justa essa cadeia que alimenta o Brasil?”, questiona Cardoso.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio