Benefícios concedidos para atletas da modalidade entre 2010 e 2025 somam R$ 55 milhões
O programa governamental de incentivo ao esporte Bolsa Atleta pode ser considerado um dos pilares no desenvolvimento do taekwondo brasileiro nas últimas duas décadas, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva da Universidade Federal do Paraná (IPIE/UFPR).
De acordo com o Instituto Inteligência Esportiva, entre 2010 e 2025 foram concedidas 3.799 bolsas, somando R$ 55.300.508,00 investidos em atletas que praticam a modalidade no país. O investimento anual no taekwondo mostra um crescimento sólido, saindo de R$ 895 mil em 2010 para R$ 5 milhões em 2025, beneficiando 359 atletas este ano.
A categoria Nacional do Bolsa Atleta foi a principal favorecida, somando 2.789 contemplados e R$ 31,2 milhões investidos, indicando um sólido apoio aos atletas de alto rendimento do país. A categoria Pódio, voltada para atletas de elite, recebeu R$ 11,4 milhões divididos em 94 bolsas.
Outro dado interessante está na distribuição de bolsas por sexo. A quantidade de benefícios para homens e mulheres está se aproximando do ideal, que seria a igualdade entre ambos. Nesse quesito, atletas do sexo masculino receberam 1.926 bolsas (R$ 28 milhões), e atletas do sexo feminino 1.696 bolsas (R$ 25,3 milhões) entre 2010 e 2025.
Analisando geograficamente, São Paulo (SP) lidera no número de bolsas concedidas, recebendo R$ 16,9 milhões destinados à 895 atletas. Paraná (PR) e Rio de Janeiro (RJ) vêm na sequência, com R$ 5,58 milhões e R$ 5,29 milhões, respectivamente.
Os dados também mostram a importância desses recursos para os esportistas que participam de campeonatos internacionais. Atletas de elite como Paulo Ricardo Souza de Melo e Raiany Fidelis Pereira acumulam, respectivamente, 12 e 11 bolsas ao longo de suas carreiras, abrangendo categorias desde a Nacional até a Pódio. Milena Titoneli Guimarães, outra atleta de destaque na modalidade, também soma 11 bolsas, demonstrando a consistência do apoio federal à sua preparação.
Nesta sexta-feira, dia 24, terá início mais uma edição do Campeonato Mundial de Taekwondo e será realizado em Wuxi, China, entre 24 a 30 de outubro. 16 atletas e sete profissionais da comissão técnica da seleção brasileira de taekwondo já estão em Wuxi se preparando para a competição.

Fique por dentro
O taekwondo foi introduzido oficialmente no Brasil na década de 1970, com a chegada dos primeiros mestres coreanos. Desde então, o esporte passou por um processo de institucionalização e expansão, culminando em conquistas expressivas, como medalhas olímpicas e mundiais. Nos últimos anos, o investimento público e privado, aliado a políticas de formação de base e apoio ao alto rendimento, ampliou as perspectivas para o futuro da modalidade. A projeção é de que, com a continuidade dos programas de fomento e o fortalecimento da gestão esportiva, o Brasil mantenha um crescimento sustentável e amplie sua representatividade no cenário mundial.
Embora suas raízes remontem a antigas artes marciais praticadas na península coreana há séculos, o taekwondo moderno foi estruturado e batizado em 1955. Sua expansão internacional foi rápida, impulsionada pela fundação das principais federações nas décadas seguintes. O reconhecimento definitivo veio com sua inclusão como esporte de demonstração nos Jogos Olímpicos de Seul (1988) e Barcelona (1992), culminando na sua estreia como esporte oficial em Sydney (2000).
As projeções para o taekwondo indicam um esforço contínuo de modernização e globalização. A modalidade tem passado por sucessivas reformas de regras, notadamente com a implementação de protetores eletrônicos (PSS) e o uso de revisão de vídeo (video replay), buscando maior transparência nas pontuações e dinamismo nos combates.
Fonte Assessoria de Comunicação


