O Ministério da Saúde promoverá dois eventos internacionais focados no fortalecimento das agendas estratégicas da pesquisa clínica, genômica e de saúde pública no Brasil. O primeiro deles é o II Fórum Internacional de Pesquisa Clínica (II FIPClin), nos dias 11 e 12/11. Já o segundo é o IV Summit Internacional sobre Saúde Pública de Precisão – Programa Genomas Brasil, nos dias 13 e 14/11. Os dois eventos, que tiveram inscrições gratuitas, serão realizados de modo presencial no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF), com transmissão online.
O objetivo das atividades é impulsionar o debate qualificado sobre temas estratégicos, de modo a contribuir para que sejam desenvolvidas tecnologias seguras e eficazes, o que, em última instância, fortalece a pesquisa clínica no país. Estarão presentes representantes do governo federal, de gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), das instituições de pesquisa científica, da indústria farmacêutica e de organismos internacionais, além de especialistas, profissionais da saúde e estudantes.
Para a titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), Fernanda De Negri, o Brasil tem grande potencial no campo da pesquisa clínica, especialmente pela capacidade de realização de estudos científicos e pela diversidade genética brasileira, única no mundo. “A pesquisa clínica ocupa papel estratégico para o desenvolvimento nacional. Ao transformar o conhecimento científico em soluções aplicáveis ao cuidado em saúde, ela amplia a capacidade do país de gerar evidências que subsidiam a formulação de políticas públicas, promovem a inovação e aprimoram a qualidade das práticas e dos serviços de saúde oferecidos à população, especialmente no SUS”, afirmou a secretária. Além disso, para Fernanda De Negri o fortalecimento da pesquisa clínica também impulsiona a geração de renda e emprego, além de aumentar a competitividade do país no mercado internacional.
Fórum Internacional
O II FIPClin terá uma programação voltada à discussão dos avanços e desafios na governança, na regulação e na ética da pesquisa clínica no Brasil, à luz da Lei 14.874/2024 e do Plano de Ação de Pesquisa Clínica no Brasil (PAPCB). Para o Ministério da Saúde, o evento constitui-se como um espaço de diálogo multissetorial, de cooperação internacional e uma oportunidade de networking e de consolidação de parcerias.
IV Summit
Durante o IV Summit Internacional sobre Saúde Pública de Precisão – Genomas Brasil, dias 13 e 14/11, a proposta é ter espaço de convergência entre ciência, tecnologia e políticas públicas, dedicado a explorar perspectivas do Programa Nacional de Genômica e Saúde de Precisão (Genomas Brasil).
“Mais do que uma oportunidade de atualização e capacitação, o Summit Internacional sobre Saúde Pública de Precisão busca ampliar a compreensão sobre a importância da saúde pública de precisão no SUS, fortalecer a projeção internacional da ciência brasileira e consolidar o papel do Programa Genomas Brasil como referência global na área”, disse a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit/Sectics), Meiruze Freitas.
Genomas
Ao criar o Programa Genomas Brasil (em 2020), o MS deu um passo decisivo ao assumir o desafio de lançar as bases para o avanço da saúde de precisão, que representa uma nova forma de pensar a medicina: em vez de soluções generalistas, busca-se desenvolver estratégias mais eficazes e personalizadas para prevenir, diagnosticar e tratar doenças, considerando as particularidades de cada indivíduo ou de grupos com características semelhantes.
Desde a sua criação, em 2020, até outubro de 2025, o Programa fomentou 250 projetos de pesquisa em áreas como doenças raras, oncológicas, cardiovasculares e infecciosas, todas com forte componente genético e elevado impacto econômico para o SUS. Nesse período, foi investido cerca de R$ 1 bilhão no fortalecimento da capacidade científica e tecnológica nacional voltada à genômica e saúde pública de precisão.
Nesse contexto, também foram impulsionadas pesquisas voltadas ao sequenciamento completo do genoma humano, chegando a aproximadamente 67 mil amostras no Brasil, das quais 50 mil já foram sequenciadas. A meta é alcançar 100 mil genomas.
Janine Russczyk e Ubirajara Rodrigues
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


