Equipe técnica do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) esteve, no final de agosto, na comunidade de Anã, em Santarém (PA), para acompanhar a execução do projeto que conta com o apoio financeiro da pasta, da ordem de R$ 500 mil, na execução de iniciativas de aquicultura desenvolvidas por organizações da sociedade civil.
A iniciativa é executada pela Associação de Piscicultores e Agroextrativistas da comunidade de Anã (APAA) e já beneficia diretamente 11 famílias, sendo 4 delas lideradas por mulheres. Foram adquiridos 22 tanques-rede, contratada assistência técnica especializada e garantido o custeio da produção com ração pelo período de 12 meses (1º ciclo). Além disso, a iniciativa financiou a reforma da embarcação da comunidade, fundamental para o transporte de pessoas, da produção da piscicultura e da produção agrícola até a cidade.
Atualmente, são cultivadas as espécies tambaqui (Colossoma macropomum) e matrinxã (Brycon amazonicus). Cada família produz, em média, uma tonelada de peixe por ciclo produtivo. A proposta prevê, ao final da segunda etapa, dobrar a produção, alcançando cerca de 20 toneladas.
Inclusão produtiva e geração de renda
“Esta parceria vem impactando positivamente a vida das famílias beneficiadas e tem sido fundamental para ampliar a produção de peixes na região, garantindo inicialmente a segurança alimentar, além de ser uma importante alternativa de renda e inclusão produtiva local”, afirmou o presidente da comunidade, Antônio dos Santos.
Durante a visita, o servidor do MPA, Alberto Furtado, também ressaltou a relevância da iniciativa: “Trata-se de uma atividade inclusiva, geradora de renda, com grande potencial para a Amazônia”, destacou. Ele também reforçou a importância da reforma da embarcação comunitária. “A embarcação é fundamental para a logística da comunidade, no deslocamento das famílias e no transporte da produção. Saímos daqui entusiasmados com os resultados que o projeto está alcançando”, afirmou.
Próximos passos
Segundo Furtado, o próximo desafio é ampliar a produção nos tanques-rede. “Agora partimos para a segunda etapa, que é conhecer a produção em si, uma das mais importantes do projeto. Pelos resultados iniciais, acreditamos que também terá excelentes desdobramentos. Conhecendo experiências bem-sucedidas como esta, podemos replicar em outras comunidades da Amazônia e até lançar novos editais de apoio à aquicultura comunitária”, concluiu