Servidor que agrediu mulher e criança no DF é afastado da CGU e indiciado pela Polícia Civil

Período longe do trabalho será de 60 dias, sem perda de salário; vídeo no estacionamento de um prédio revelou crime.

O servidor público David Cosac Junior, investigado por agressão a uma mulher e uma criança no Distrito Federal, foi indiciado pela Polícia Civil e afastado do cargo de trabalho na CGU (Controladoria-Geral da União) por um período de 60 dias. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26).

O caso foi revelado pelo circuito de câmeras do estacionamento de um prédio na cidade de Águas Claras (DF), que fica a 21 km da região central de Brasília. O crime chegou às autoridades por meio de uma denúncia anônima.

Os desdobramentos do caso levaram ao indiciamento do servidor por lesão corporal contra a mulher, com quem o relacionamento chegou ao fim após o episódio, e contra o filho dela, de 4 anos de idade. O processo foi aberto pela 21ª Delegacia de Polícia, de Taguatinga Sul.

Em outra frente, a CGU decidiu afastar David temporariamente do cargo. A decisão foi justificada pela necessidade de investigação e apontada “como medida administrativa necessária à preservação do ambiente institucional”. O caso prevê afastamento de 60 dias, sem impacto de salário.

O afastamento foi formalizado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrar pela expulsão do servidor. “Não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças, estejam eles onde estiverem, ocupem as posições que ocuparem. Um servidor público deve ser um exemplo de conduta dentro e fora do local de trabalho”, escreveu Lula, em rede sociai, na quinta-feira.

As apurações do caso também contaram com depoimento da vítima ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Nas declarações, ela disse que episódios de agressão não eram comuns e que a situação contra o filho fez com que ela terminasse o relacionamento. Ela também abriu mão de medida protetiva, mas pediu pela previsão de que ele não possa se aproximar da criança.

“Em razão do que aconteceu com o meu filho, acho mais prudente pedir uma medida protetiva para ele, para que ele não tenha acesso a ele, não frequente nunca nossa residência e a escola, especialmente”, afirmou a mulher no depoimento ao qual o R7 teve acesso.

Fonte: R7