Policiais penais da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) estão participando de uma iniciativa de aplicação da Justiça Restaurativa dentro do sistema prisional de Mato Grosso do Sul, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado.. De 9 a 11 de setembro, os profissionais iniciaram círculos de construção de paz e palestras de sensibilização realizadas no presídio feminino de Ponta Porã,
A proposta busca promover a cultura da paz por meio de atividades que envolvem não apenas pessoas privadas de liberdade, mas também os servidores penitenciários, fortalecendo o diálogo, a empatia e a corresponsabilidade como instrumentos de transformação da realidade prisional.
Para a diretora da Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado, o engajamento dos policiais penais é fundamental para que a metodologia seja efetiva. “A sensibilização dos profissionais é essencial para um sistema prisional mais justo e para a construção de uma sociedade mais pacífica”, destacou. A iniciativa também conta com apoio da direção-geral da autarquia.
O trabalho integra ação coordenada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça, sob a coordenação-geral do desembargador José Ale Ahmad Netto e do coordenador-adjunto, desembargador Vilson Bertelli. A iniciativa é idealizada pela juíza Thielly Dias de Alencar Pitthan, titular da 1ª Vara Criminal de Ponta Porã, com apoio do Cejusc local, coordenado pelo juiz Adriano da Rosa Bastos.
Segundo a magistrada, os círculos restaurativos com as apenadas contribuem para o fortalecimento da reintegração social, permitindo que assumam responsabilidades, reflitam sobre os danos causados e encontrem caminhos construtivos para a reparação.
A expectativa é que os presídios de Ponta Porã se tornem referência na aplicação da Justiça Restaurativa, servindo de modelo para práticas que priorizem a dignidade humana, reduzam a reincidência criminal e reforcem a ressocialização em Mato Grosso do Sul.
Com informações e foto do TJMS.
Fonte: AGEPEN – MS