O tema “Diversidade e Inclusão no Trabalho” foi discutido nesta segunda-feira (10/11) pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), em evento presencial, com transmissão para os escritórios regionais. Todos os servidores e colaboradores puderam compreender melhor a importância do acolhimento de todas as diferenças, tanto no ambiente interno da autarquia quanto no espaço público.
Para o diretor-superintendente da Previc, Ricardo Pena, o tema da diversidade não é uma preocupação apenas da área de gestão de pessoas, mas da Diretoria Colegiada. “Tem a ver com respeito, equidade e conviver com as diferenças. A gente quer entender melhor e praticar”, disse.
Ele lembrou que na atualização da Resolução Previc 23/2023, a autarquia vai recomendar às entidades fechadas de previdência complementar que a pauta DEI (diversidade, equidade e inclusão) esteja dentro das suas estruturas de governança, de controle e decisão, especialmente nas entidades de maior porte (S1 e S2).
O diretor de Administração, Leonardo Zumpichiatti, ressaltou a importância da discussão para aprimorar a cultura organizacional. “A gente está acostumado com os nossos padrões. Mas toda essa diversidade faz parte da riqueza humana e a gente precisa compreender”, falou durante a abertura.
A palestra “Diversidade e Inclusão no Trabalho” foi ministrada pela chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Previdência Social, Amanda Anderson de Souza. “A gente precisa criar uma saída para um mundo mais diverso, equânime e igualitário para todas as diversidades que nos perpassam. Seja ela de raça, cor, etnia, identidade de gênero ou orientação sexual. Porque, antes disso, nós somos humanos. Todos dependemos da mesma comida, de um teto, usamos um transporte público e precisamos da educação”, disse.
Amanda lembrou que o custo da exclusão vem dos impostos que pagamos. “Quando não inserimos essas populações no mercado formal de trabalho, elas não têm como acessar uma previdência complementar, nem o Regime Geral da Previdência Social”, aprofundou o debate.
Ela que é travesti, bacharela em Direito e mestranda em Direitos Humanos e Fronteiras, pediu que cada servidor e colaborador da Previc, seja um multiplicador interno e externo do respeito à diversidade. “Uma atitude homofóbica/transfóbica, mascarada como piada, é crime e assédio ao mesmo tempo”, sentenciou.
A Previc possui em seus quadros uma ampla diversidade: identidades variadas de gênero, brancos, negros, idosos, indígena e pessoas com deficiência. O desafio é compreender as diferenças e agregar as habilidades de cada um na execução do trabalho.


