Escolher onde estudar, que profissão seguir e imaginar o futuro a partir disso faz parte da vida de milhões de brasileiros. Em 2026, esse caminho começa com mais oportunidades: o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ofertará 274.876 vagas em cursos de graduação gratuitos de instituições públicas de educação superior em todo o país. O número representa um crescimento de 5% em relação ao Sisu 2025, com 13.097 vagas a mais ofertadas nesta edição.
O Edital nº 29/2025, que trata do cronograma e dos demais procedimentos relativos ao processo seletivo do Sisu 2026, foi publicado nesta terça-feira, 23 de dezembro, no Diário Oficial da União (DOU). A edição é considerada a maior da história do programa, com a participação de 136 instituições de ensino superior e oferta de 7.388 cursos disponíveis em 593 municípios, ampliando o acesso à educação superior pública e de qualidade.
Parte significativa dessa ampliação está associada à política de fortalecimento da infraestrutura das universidades federais. A educação superior foi incluída no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que destinou R$ 3,8 bilhões para a consolidação das universidades federais. O montante representa o maior investimento no setor desde a criação, em 2007, do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), marco histórico da expansão da rede federal de ensino superior.
Esses investimentos têm viabilizado a criação e a consolidação de novos campi universitários, ampliando a oferta de vagas e fortalecendo a presença das universidades federais em diferentes regiões do país. Em novembro deste ano, o MEC publicou portarias que credenciaram dez novos campi de universidades federais, consolidando mais uma etapa da política de expansão da educação superior. Dos dez campi credenciados, oito foram custeados com recursos do Novo PAC, e alguns já integram a oferta de vagas do Sisu 2026.
Confira, abaixo, a distribuição de vagas do Sisu 2026 por unidade da Federação:
|
Unidade da Federação |
Número de vagas |
|---|---|
|
Minas Gerais |
33.729 |
|
Rio de Janeiro |
31.419 |
|
Bahia |
24.768 |
|
Paraíba |
21.988 |
|
Pernambuco |
15.900 |
|
São Paulo |
14.786 |
|
Rio Grande do Norte |
14.253 |
|
Ceará |
14.223 |
|
Rio Grande do Sul |
13.557 |
|
Piauí |
11.537 |
|
Paraná |
10.846 |
|
Maranhão |
8.877 |
|
Mato Grosso |
8.039 |
|
Alagoas |
7.345 |
|
Espírito Santo |
6.450 |
|
Mato Grosso do Sul |
6.434 |
|
Sergipe |
6.395 |
|
Santa Catarina |
6.394 |
|
Goiás |
5.781 |
|
Amazonas |
2.970 |
|
Pará |
2.490 |
|
Distrito Federal |
2.190 |
|
Amapá |
1.454 |
|
Tocantins |
1.261 |
|
Acre |
990 |
|
Roraima |
800 |
|
Total |
274.876 |
Adesão – A edição de 2026 registra o maior número de instituições de educação superior participantes da história do Sisu. Ao todo, 12 novas instituições públicas passaram a integrar o sistema nesta edição, somando 5.694 vagas adicionais. Entre os destaques estão o retorno da Universidade de Brasília (UnB), com 1.133 vagas, e da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), com 695 vagas, além da adesão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), de Alagoas (IFAL), do Piauí (IFPI) e Goiano (IF Goiano).
O Sisu 2026 também passa a contar com novas instituições estaduais, como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), a Universidade do Estado do Amapá (UEAP) e a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro – Campus Três Rios (Faeterj Três Rios), além da participação da Faculdade Municipal de Palhoça (FMP), ampliando a diversidade institucional e a oferta de vagas na educação superior pública.
A edição também se destaca pelo crescimento da oferta em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, especialmente nos cursos tecnológicos e nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), com foco na formação em inteligência artificial (IA). Foram criados 105 novos cursos de STEM, que somam 4.143 vagas. Dentro desse conjunto, 54 cursos são voltados diretamente à ampliação da formação em IA e computação, responsáveis por 2.280 vagas em ciência da computação, sistemas de informação, engenharia de computação e análise e desenvolvimento de sistemas, entre outros.
Portal Sisu – Para apoiar os estudantes no processo de escolha do curso, o portal do Sisu disponibiliza uma ferramenta de consulta às vagas que permite pesquisar cursos por instituição, município, turno, grau acadêmico e modalidade de concorrência. A plataforma possibilita uma visualização detalhada da oferta antes da inscrição, auxiliando o candidato a comparar opções e acompanhar informações como número de vagas e notas de corte parciais durante o período de inscrições do Sisu.
Novidade – Como novidade para o processo seletivo de 2026, o Ministério da Educação (MEC) passará a considerar, para fins de inscrição, classificação e seleção dos candidatos, os resultados das três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — 2023, 2024 e 2025. A seleção levará em conta a nota que resulte na melhor média ponderada, de acordo com a opção de curso escolhida pelo candidato, desde que o participante não tenha sido inscrito como treineiro. A medida está prevista no Edital nº 22/2025, que regulamenta a adesão das instituições públicas ao Sisu 2026 e estabelece, entre outros critérios, regras para a oferta mínima de vagas por curso e turno e os procedimentos de adesão das instituições, realizados exclusivamente por meio do sistema Sisu Gestão.
Sisu – O Sistema de Seleção Unificada foi instituído pela Portaria Normativa nº 2, de 26 de janeiro de 2010, e atualmente está regulamentado pela Portaria Normativa nº 21, de 5 de novembro de 2012. O Sisu reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de educação superior do Brasil que aderiram ao processo seletivo vigente. A maioria das instituições participantes é da rede federal de ensino, com destaque para universidades e institutos federais.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu)
Fonte: Ministério da Educação


