O mercado de soja no Brasil iniciou a semana com movimentação moderada e preços distintos entre as regiões, segundo a TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, os valores permaneceram pressionados, com pagamento em 29 de agosto chegando a R$ 144,59/saca (+1,40%) no porto. Já no interior, os preços oscilaram entre R$ 135,00 e R$ 135,20, dependendo da praça. Em Panambi, a cotação ao produtor se manteve em R$ 122,00/saca.
Em Santa Catarina, o mercado seguiu a tendência nacional, impulsionado pela demanda externa aquecida, com destaque para o porto de São Francisco, onde a soja foi cotada a R$ 142,84/saca.
No Paraná, houve recuo em Paranaguá, cotado também a R$ 142,84 (-1,37%), enquanto outras praças registraram variações menores, como Cascavel (R$ 128,79), Maringá (R$ 130,77), Ponta Grossa (R$ 131,58) e Pato Branco (R$ 142,84).
Em Mato Grosso do Sul, a expectativa para a safra segue marcada por incertezas climáticas. Mesmo assim, algumas praças registraram alta: Dourados (R$ 127,50 +2,96%), Campo Grande (R$ 129,00 +4,18%), Maracaju (R$ 126,00 +1,75%), Chapadão do Sul (R$ 125,50 +3,68%) e Sidrolândia (R$ 126,00 +1,75%).
No Mato Grosso, os preços recuaram em média -0,45%. Campo Verde foi cotado a R$ 121,96, Lucas do Rio Verde e Sorriso a R$ 121,00 (-1,69%), Nova Mutum a R$ 123,08, Primavera do Leste a R$ 123,00 (+1,43%) e Rondonópolis a R$ 125,50 (+3,49%).
Chicago mostra volatilidade após sequência de altas e baixas
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos de soja apresentaram volatilidade ao longo da semana. Após três sessões consecutivas de alta, o mercado encerrou a segunda-feira (25) em queda. O contrato de setembro recuou -1,06% (-11,00 cents/bushel), a US$ 1.025,50, enquanto o de novembro caiu -1,02% (-10,75 cents/bushel), para US$ 1.047,75.
O segmento de derivados também seguiu em baixa: o farelo para setembro caiu -0,34%, a US$ 295,70/ton curta, e o óleo de soja recuou -0,97%, a US$ 54,31/libra-peso.
A retração foi atribuída à realização de lucros, à ausência de compras chinesas e à queda nos embarques semanais de exportação, que totalizaram 382.806 toneladas entre 15 e 21 de agosto, uma redução de 23,86% frente à semana anterior.
Incertezas sobre a demanda chinesa e política energética dos EUA
Analistas destacam que a China segue ausente das compras de soja norte-americana, deixando espaço para países como Itália, Coreia do Sul, Indonésia, México e Japão, que assumiram a dianteira nas importações. O cenário reforça a volatilidade e mantém os investidores atentos às políticas energéticas dos EUA, sobretudo quanto às isenções da Agência de Proteção Ambiental (EPA) a refinarias, que podem reduzir a demanda por biodiesel.
Além disso, o mercado monitora a nova safra dos EUA, que avança sem grandes problemas climáticos, e também a proximidade do início do plantio no Brasil, fator que deve ganhar peso nos próximos relatórios.
Perspectivas para o curto prazo
Nesta terça-feira (26), os contratos voltaram a operar em alta nas primeiras horas, com ganhos de 3,50 a 4,50 pontos nos principais vencimentos. O contrato de setembro subia a US$ 10,30 e o de novembro a US$ 10,52/bushel, refletindo ajustes técnicos e expectativas em relação à demanda chinesa e ao desenvolvimento da safra brasileira.
O quadro reforça a tendência de forte volatilidade no mercado internacional da soja, com os próximos dias sendo decisivos para definir a direção dos preços diante da combinação de incertezas climáticas, fatores políticos e ritmo da demanda global.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio