Palmas, 07/05/2025 – O estado de Tocantins aderiu, nesta quarta-feira (7), ao Escuta Susp e ao Projeto Nacional de Qualificação do Uso da Força, duas iniciativas da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A cerimônia de formalização ocorreu no Centro Integrado de Comando e Controle, em Palmas.
O estado é a 15ª unidade federativa a fazer parte do Escuta Susp, programa de atendimento psicológico especializado para profissionais do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). As consultas são on-line e sigilosas e ocorrem por meio da plataforma do projeto. Os interessados podem se inscrever no site do programa.
“Qualquer política pública tem que olhar para o ser humano que está atuando lá na frente. Um profissional com saúde mental desempenhará melhor as suas funções e prestará um serviço com maior qualidade para a população”, declarou o titular da Senasp, Mario Sarrubbo. Ele participou da cerimônia ao lado da diretora do Sistema Único de Segurança Pública (Dsusp), Isabel Figueiredo, e de autoridades locais.
O Escuta Susp já proporcionou, em menos de um ano, mais de 10 mil atendimentos para os profissionais do Susp. A iniciativa conta com a parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), referência nacional em prevenção ao suicídio. O programa também servirá de base para a criação de protocolos psicoterapêuticos específicos para profissionais de segurança pública, com acolhimento para demandas pontuais, psicoterapia contínua e intervenções preventivas contra o suicídio.
Uso da força
O Projeto Nacional de Qualificação do Uso da Força tem como objetivo aperfeiçoar a atuação dos profissionais de segurança pública ao estabelecer regras e padrões nacionais e internacionais claros para garantir que as ações de abordagem sejam justas e seguras.
A iniciativa busca fortalecer a segurança jurídica dos profissionais e aumentar a proteção da população ao padronizar os procedimentos operacionais. Essa regulamentação amplia a legitimidade das ações dos agentes e a confiança da sociedade nas instituições de segurança pública.
“Estamos tratando muito mais do que o uso de armas. É um projeto que qualifica e traz segurança para o profissional de segurança pública, que saberá agir de forma correta quando precisar utilizar uma arma, cuidando melhor da sua vida, da vida dos seus companheiros e protegendo a vida da população”, afirmou o titular da Senasp.
Em janeiro, o MJSP anunciou o investimento de cerca de R$ 120 milhões na aquisição de instrumentos de menor potencial ofensivo, incluindo 249 mil espargidores de pimenta e 22.736 armas de incapacitação neuromuscular — o que suprirá mais de 50% das necessidades das forças de segurança.
A pasta também oferecerá cursos e treinamentos para formar cerca de 4,5 mil profissionais multiplicadores, que participarão de 110 edições de treinamentos em 2025 e em 2026. Essas iniciativas vão aprimorar o uso adequado desses dispositivos.