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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Transporte da Capital: “Resolvi um problema da prefeitura”, diz Azambuja

Governador reagiu aos ataques do pré-candidato Marquinhos Trad após congelamento da tarifa.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a desmentir o pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD), e esclareceu a verdade sobre o congelamento até 31 de dezembro deste ano da tarifa de transporte coletivo. A ação só foi possível pela intervenção conjunta do governo junto à Prefeitura de Campo Grande.  

Azambuja também desmentiu as declarações de Marquinhos sobre a falta de recursos para construção de casas populares.

“Quando bateram a porta essa semana para resolver um pepino do transporte público aqui de Campo Grande, que não é responsabilidade do estado, já que o poder concedente não sou eu, a porta estava aberta e nós resolvemos o problema. Congelamos a tarifa até dia 31 de dezembro”, informou Azambuja.

O ato do chefe do Executivo estadual foi uma medida para evitar que o usuário de Campo Grande, que utiliza ônibus, pagasse um valor tão alto.  

“Porque ele [Marquinhos Trad] não teve coragem quando foi prefeito de resolver. [A população] Ia pagar uma tarifa de mais de R$ 6,80. Hoje é de R$ 4,40. E tem muitas pessoas que dependem do transporte público”, potencializou o governador.  

“A prefeita [Adriane Lopes] bateu na porta do governo e falou, ‘governador não é obrigado o senhor fazer, mas ajuda porque senão vai entrar um problema’. O que que nós fizemos? ajudamos”, continuou.

O Governo do Estado depositou a primeira parcela de R$ 1,2 milhão para subsidiar o transporte de Campo Grande. A forma de investimento veio por meio de subsídio dos estudantes da Rede Estadual de Ensino (REE), por parte do Governo de Mato Grosso do Sul, firmado com a Prefeitura da Capital.  

Em entrevista ao Correio do Estado, o advogado representante da concessionária, André Borges, informou que a participação do Governo do Estado, em acordo que soma R$ 2,2 milhões mensais até dezembro, é benéfica.  

“Os valores que foram debatidos aqui na nossa reunião, nessa importante participação do Estado, chegam bem próximos ao valor da tarifa real hoje de Campo Grande, fixada pela Prefeitura, que são os R$ 5,15. Ou seja, o consórcio ele cobra uns R$ 4,40 do pagante e haverá então esse subsídio”, diz André Borges  

De acordo com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), são 13.211 alunos da Rede Estadual, o que corresponde a 46,84% dos alunos que utilizam do transporte público.

Por isso, o governador esclareceu “nada mais do que a verdade, porque não é meu feitio, muitas vezes chamar alguém de mentiroso, mas quando mente, você tem que esclarecer a verdade. Nós construímos uma política municipalista, em todos os municípios. Quando bate a porta do governo a porta está aberta”, justificou o governador.  

Transporte da Capital: "Resolvi um problema da prefeitura", diz Azambuja
Foto: Chico Ribeiro

Habitação

Ele também reafirmou que o ex-prefeito de Campo Grande mentiu na área habitacional. “Mentiu que não teve apoio do Governo do Estado e teve como todos os municípios. Agora é campanha. Pode fazer campanha, não tem problema nenhum, quem vai decidir quem vai governar o Estado não sou eu, é o povo. O voto não pertence ao governador, eu tenho só um, agora o povo vai decidir”, cutucou o governador.

Além disso, ressaltou que quase cinco mil moradias populares foram entregues em Campo Grande nos últimos sete anos “todas elas com dinheiro do Estado de Mato Grosso do Sul do Governo Federal e parte da prefeitura. O Estado investiu mais de R$ 46 milhões (nas moradias), a prefeitura R$ 3 milhões mais a doação de terreno e o Governo Federal colocou R$200 milhões. Então, quem fez as casas? O Governo Federal, o Governo do Estado e a prefeitura. Não dá pra esconder isso. Tem que falar a verdade”.  

E segundo o governador, essa não foi a primeira vez que socorreu Marquinhos. Nas obras de tapa buraco das ruas da Capital, Azambuja contou que o ex-prefeito “bateu na sua porta” para pedir investimentos.

Concurso

Azambuja explicou que foi assinado autorização de concurso do Corpo de Bombeiros Militar, em Diário Oficial, serão duzentos e cinquenta novos bombeiros e dez oficiais. Outros 99 técnicos vão passar por concurso para entrar no Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).  

A Superintendência de Gestão da Informação (SGI) também terá contratação de 30 novos técnicos para cuidar da parte de TI. Foi autorizado ainda na noite de ontem (30), chamar os noventa e três delegados e delegadas que foram aprovados no último concurso público da Polícia Civil.  

“Para não faltar. Delegados e delegadas para os municípios, pela Capital, pelos municípios. Então, noventa e três. Só não chamamos quem tá sub judice, quem tá na justiça porque aí eu preciso esperar autorização da justiça”, explicou o governador.

Informou ainda que foram chamados peritos criminais, papiloscopistas, médicos legistas, e professores.  

Agricultura

O governador também lembrou do trabalho desenvolvido pelo presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri), José Martins da Silva, que trabalha com agricultura familiar, pequenos produtores. “A agricultura familiar é muito importante no Mato Grosso do Sul. Fico contente, em poder construir algumas políticas públicas em parceria com o município”.  

“Muitos que estão aqui sabem o que que é ter o governo distante. Ter um governo que não atua conjuntamente para ajudar a resolver os problemas. Não é pouca coisa, entregar equipamentos. Fechamos setenta e nove caminhões, e 79 cidades receberam caminhões”, pontuou.  

Social

“A gente faz política pública”, destacou Reinaldo Azambuja. Hoje, 172 mil famílias recebem a conta de energia paga pelo Governo do Estado. Tem 100 mil famílias que recebem o cartãozinho do Mais Social para comprar alimento na cidade e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Social.

Fonte: Correio do Estado