Eles também pedem a facilitação de empréstimos com baixas taxas de juros e longo prazo
Desde o início da pandemia, centenas de lojas comerciais fecharam suas portas em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã-MS, devido à proibição de entrar no pPaís, principalmente do território brasileiro, o que anula toda a possibilidade de os comerciantes venderem seus produtos, desde os grandes até os pequenos que atuam na linha internacional.
A mobilização, exigindo apoio do governo para a reconversão e reativação econômica nas fronteiras do País, ocorreu simultaneamente e teve inicio as 15h desta segunda-feira (13), nas cidades de fronteira como Pedro Juan Caballero, Salto del Guaira, Encarnação e Ciudad del Este.
Os comerciantes questionam o suposto plano de reativação econômica oferecido pelo governo do presidenter ‘Marito’, que até agora não é claro e cuja execução é praticamente uma “utopia”, segundo Víctor Barreto, presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero.
Estima-se que o comércio em toda a região fronteiriça (Amambay, Salto del Guairá, Alto Paraná e Itapúa) ofereça trabalho para quase 1 milhão de pessoas em todo o mundo e que esse setor contribua com 40% da receita tributária.
Cidade do Leste:
Já em Cidade do Leste, uma caravana de veículos fechou a rodovia Internacional de Cidade de Leste, que faz fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná, nesta segunda-feira (13), fazendo parte do protesto contra o governo do presidente ‘Marito’, mostrando o desacordo em relação às ações do Governo Nacional na tentativa de encontrar uma solução para a crise econômica nas cidades fronteiriças.
Na declaração, eles se dirigem ao Presidente da República, Mario Abdo Benítez, à equipe Econômica e ao público em geral, para lembrar ao Presidente que “cumprir a promessa de fazer de Cidade de Leste a segunda Hong Kong do mundo”, não será feita através de “decretos de remendo”.
Além disso, solicitam uma atualização do atual regime turístico ou outro modelo que lhes permita manter as estruturas atuais e o grande volume de empregos calculado em 300.000 empregos diretos e 1.500 indiretos, levando em consideração as aberturas de isenção de impostos e lojas gratuitas nas cidades fronteiriças do Brasil e especialmente em Foz de Iguaçu e Puerto Iguazú, Argentina.
Eles também pedem a facilitação de empréstimos com baixas taxas de juros e longo prazo, para se equiparar à realidade com o apoio do Fundo de Garantia do Paraguai (Fogapy) e importantes reformas em infraestrutura e obras urbanas que fazem parte da necessidade. Da mesma forma, exigem o fortalecimento de hospitais públicos e a reativação de atividades educacionais on-line / presenciais para escolas e universidades, levando em consideração os 24.000 estudantes estrangeiros que são os principais colaboradores da economia nacional e local. Uma mesa de trabalho já solicitada à Equipe Econômica é urgentemente necessária para uma abordagem mais clara e realista da área afetada devido ao fechamento das fronteiras devido à pandemia de coronavírus.
- Com informações do site Ultima Hora e o video da Rádio Oasis FM 94.3