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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Vizinho relata ‘apagões’ ao matar Carla e diz ter dormido dois dias com corpo embaixo da cama

Assassino confesso revela que se sentiu rejeitado ao não receber ‘bom dia’ da vítima

Fonte: Midiamax

Marcos André Vilalba Carvalho de 21 anos preso acusado do feminícidio de Carla Santana Magalhães de 25 anos, afirmou ter sofrido ‘apagões’ e não se lembrar do momento do assassinato da jovem, que foi morta com facadas no pescoço e degolada, sendo o corpo encontrado em frente a uma conveniência, no bairro Tiradentes, em Campo Grande, no dia 3 de julho.

De acordo com o delegado Carlos Delano da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) em entrevista coletiva nesta quarta (15), Marcos confessou o crime, mas teria dito não se lembrar do momento do assassinato. Na noite do sequestro da jovem, Marcos estava bebendo em frente à sua casa quando Carla passou por ele.

Na sequência, ele diz que acordou no outro dia e a vítima já estava morta no chão do seu quarto. O servente de pedreiro, então, arrastou o corpo de Carla para baixo da cama e saiu para trabalhar normalmente. O corpo da jovem ainda teria ficado embaixo da cama por cerca de dois dias, quando no dia 3 de julho, o autor a arrastou e a deixou sem roupas em frente a conveniência, que fica na esquina da casa da família de Carla.

Ainda segundo depoimento prestado por Marcos, ele teria contado que semanas antes do crime estava em frente de sua casa, com as roupas sujas do trabalho, e teria dado um ‘bom dia’ a Carla, que não o respondeu, neste momento ele relatou que teria se sentido rejeitado pela jovem.

O delegado não descarta a possibilidade de que outras pessoas tenham participado do crime, e que as investigações seguem, mas descartou envolvimento de facção criminosa, PCC, e também de organização criminosa no assassinato. Indagado sobre o possível carro usado no sequestro, Delano afirmou que está hipótese foi descartada pela investigação.

Marcos André teria sido ouvido no começo das investigações, assim como, outros moradores da região, mas não teria levantado suspeitas pelo fato de ser muito tranquilo, “ele é recluso, de poucos amigos e pouco relacionamento social”, disse o delegado, que ainda relatou que Marcos ao ser questionado sobre a autoria do crime teria respondido “é evidente que só pode ser eu”.