Wellington Dias visita áreas de referência em agrofloresta em Florianópolis

Foto: Roberta Aline / MDS

Plantar, colher e preservar o meio ambiente sem agredir o solo são algumas das características da agrofloresta. O Sítio Florbela, localizado em Florianópolis (SC) e visitado nesta quarta-feira (3.12) pelo ministro do do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, é um exemplo prático de como a agrofloresta pode salvar locais antes devastados. 

A unidade de conservação pertence a uma comunidade tradicional produtora de alimentos. Quando o casal de agricultores familiares, Sérgio Araújo e Elaine Guimarães iniciaram o processo de recuperação do solo, o local estava degradado pela pastagem. Dez anos se passaram e hoje o ambiente respira e inspira bons exemplos.

“Nós produzimos hortaliças, frutas e alimentos da roça, como feijão e milho. Fomos contemplados com o Programa Quintais Produtivos e estamos construindo um viveiro”, conta a agricultora familiar Elaine Guimarães. O programa, implementado em parceria entre MDS e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar é voltado para promover a segurança alimentar e a autonomia econômica de mulheres rurais.

O espaço mantém parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).No sítio, alunos e pesquisadores desenvolvem diversas pesquisas. Durante a visita, o titular do MDS enalteceu o trabalho desenvolvido e lembrou que a UFSC, além de ser membro da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, foi a primeira do Brasil a aderir ao Grupo de Trabalho de Cooperação Acadêmica em apoio aos objetivos da Aliança.

“Hoje, estamos aqui visitando os trabalhos da universidade, um sítio que era uma área degradada e que agora é uma floresta que, além de tudo, recupera riachos, córregos, solo. É  uma floresta que também produz para a alimentação da família, e já conseguem a venda”, comemora.  

Para o reitor da UFSC, Irineu Manuel de Souza, esses espaços favorecem as pesquisas acadêmicas e contribuem para a construção de um ambiente mais equilibrado. “Este ambiente funciona como laboratório, onde temos vários projetos sendo desenvolvidos. Somos a primeira universidade a participar dessa iniciativa, que é muito importante”, salienta. 

Durante a atividade, Elaine demonstrou um pouco do que é produzido por lá. “Aqui temos a farinha polvilhada, a gente come a laranja com a farinha. Temos o bolo feito de massa da mandioca. A mandioca é ralada e depois prensada. O melado de cano também é uma fabricação nossa e usamos para adoçar o café”, explica. 

A comunidade tradicional existe ao redor do Sítio Florbela há mais de 200 anos e começou produzindo café, cachaça e açúcar. Hoje, os agricultores também realizam o turismo de base comunitária. 

Fazenda Ressacada

Foto: Roberta Aline / MDS
Foto: Roberta Aline / MDS

O titular do MDS também foi recebido na Fazenda Ressacada por professores e equipes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que apresentaram os projetos que estão em desenvolvimento. Eles mostraram exemplos práticos de cultivo e manejo. Os pesquisadores das áreas que envolvem a agroecologia falaram dos avanços das produções ao proteger o solo e reequilibrar o sistema agroecológico por meio de práticas que não afetem à natureza e respeitem o meio ambiente como um todo.

UFSC e Aliança Global

A Universidade Federal de Santa Catarina formalizou em dezembro de 2024 a adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A UFSC é considerada referência em pesquisas sobre segurança alimentar, produção sustentável de alimentos, restauração ecológica e conservação ambiental, com foco na proteção da biodiversidade e do clima. A universidade também é pioneira na colaboração com produtores locais, a exemplo do trabalho reconhecido internacionalmente na produção de matrizes de ostras e na transferência de tecnologias para a produção sustentável de alimentos.

Assessoria de Comunicação – MDS

 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome