Mercado interno mostra leve firmeza
O mercado da carne suína registrou um ambiente equilibrado nas negociações do animal vivo durante a última semana, apesar do tom de cautela adotado pelos frigoríficos. Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a aproximação do final do mês provocou um ritmo mais contido nas vendas no atacado, uma movimentação típica para esse período.
Mesmo com essa retração, a oferta doméstica de carne suína permanece enxuta, o que contribui para a estabilidade dos preços. Maia destaca ainda que há expectativa de aumento no consumo para a primeira quinzena de julho, impulsionada pela entrada dos salários nas famílias brasileiras.
Custos de produção e margens saudáveis
Outro fator que mantém o otimismo entre os agentes do setor é o custo de produção considerado saudável, favorecendo as margens de lucro dos produtores. Isso ajuda a garantir a sustentabilidade financeira da cadeia produtiva e fortalece a confiança no mercado.
Preços mantêm estabilidade regional
A média do quilo do suíno vivo no país ficou estável em R$ 7,78 durante a semana. Os cortes de pernil no atacado também não sofreram alterações, com preço médio em R$ 12,64, enquanto a carcaça especial registrou média de R$ 13,91.
Nas regiões específicas, os preços também se mantiveram estáveis. A arroba suína em São Paulo continuou em R$ 164,00. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo na integração permaneceu em R$ 6,60, enquanto no interior do estado ficou em R$ 8,20. Em Santa Catarina, os valores foram R$ 6,60 na integração e R$ 8,10 no interior. No Paraná, o mercado livre registrou R$ 8,20 por quilo vivo, e na integração, R$ 6,65.
No Mato Grosso do Sul, o quilo vivo manteve-se em R$ 7,80 em Campo Grande e em R$ 6,60 na integração. Em Goiânia, o preço ficou em R$ 8,30. Em Minas Gerais, o interior do estado apresentou estabilidade com R$ 8,50, enquanto o mercado independente manteve R$ 8,70. No Mato Grosso, em Rondonópolis, o quilo vivo seguiu em R$ 7,85, e na integração, em R$ 7,05.
Exportações aquecidas sustentam o mercado
O Brasil exportou 84,15 mil toneladas de carne suína “in natura” nas duas primeiras semanas de junho, gerando uma receita de US$ 219,5 milhões, com média diária de US$ 15,68 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Comparado a junho de 2024, houve aumento de 41,6% no valor médio diário das exportações, avanço de 28,2% na quantidade embarcada e alta de 10,5% no preço médio por tonelada, que ficou em US$ 2.608,6. A expectativa é que o volume exportado ultrapasse 115 mil toneladas no mês, o que ajuda a reduzir a oferta no mercado interno e contribuir para a manutenção dos preços.
Perspectivas para o setor
Com oferta doméstica restrita, custos de produção controlados e a perspectiva de crescimento do consumo nos próximos dias, o mercado da carne suína deve permanecer estável no curto prazo. O bom desempenho das exportações será fundamental para assegurar a continuidade da firmeza nas cotações e fortalecer a confiança dos produtores e frigoríficos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio