A assinatura do cessar‑fogo entre Israel e Irã reduziu a tensão geopolítica e pressionou para baixo os derivativos de ureia CFR Brasil, segundo o relatório semanal da StoneX. As cotações agora refletem expectativas de preços menores em comparação aos picos registrados durante o conflito.
Relação de troca segue desfavorável no mercado físico
Embora os futuros tenham cedido, o comércio físico no Brasil ainda registra preços elevados de ureia, SAM e NAM. O resultado é uma relação de troca menos atraente entre milho e ureia, cenário que complica o planejamento da safra 2025/26.
Paralisação no Egito e no Irã impulsionou a alta recente
Logo após o início das hostilidades, unidades produtoras de fertilizantes nitrogenados no Egito e no Irã interromperam as atividades, reduzindo a oferta mundial e elevando as cotações. Esse movimento explica as valorizações observadas no mercado brasileiro nas últimas semanas.
Retomada gradual da produção mantém incertezas
Com a trégua, Egito e Irã iniciam um retorno paulatino às operações, mas deverão priorizar o abastecimento interno e contratos já firmados. Essa dinâmica adiciona volatilidade e torna imprevisível a trajetória dos preços dos nitrogenados no curto prazo.
Licitação indiana pode sustentar os valores da ureia
A Índia lançou uma licitação para importação de ureia durante o conflito, mas não conseguiu adquirir o volume desejado diante da disparada nos preços. O governo indiano anunciou um novo certame, fator que pode limitar quedas adicionais e manter investidores cautelosos.
Perspectiva para produtores brasileiros
Mesmo com o alívio nos futuros, o produtor brasileiro precisa monitorar estoques, negociações internacionais e a evolução das relações de troca. A combinação de oferta ainda restrita, demanda firme e volatilidade geopolítica indica que o custo da ureia continuará no radar nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio