Em Mato Grosso do Sul, existem 127 UCs, das quais, 54 possuem população residente.
Foi divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os dados da pesquisa do Censo Demográfico do ano de 2022 a respeito das Unidades de Conservação – Principais características das pessoas residentes e dos domicílios, por recortes territoriais e grupos populacionais específicos.
Essa pesquisa traz as características dos moradores das unidades de conservação presentes no Brasil e no estado, bem como as características de suas moradias, incluindo as áreas indígenas e quilombolas.
Segundo os dados, 219.332 sul-mato-grossenses vivem em unidades de conservação no estado, o que representa 7,96% da população total. Em Mato Grosso do Sul, existem 127 UCs, das quais, 54 possuem população residente.
As unidades de conservação mais populosas do estado são a Área de Proteção Ambiental Municipal dos Mananciais do Córrego Lajeado, com 35.412 pessoas habitando, seguida da Área de Proteção Ambiental Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, com 32.604 habitantes e, depois, a Área de Proteção Ambiental da Sub-Bacia do Rio Aporé, que tem 19.998 pessoas habitando a área.
Sobre a população indígena no estado, nota-se uma quantidade maior morando em áreas de conservação que nas áreas gerais do estado. Pela composição da população nas áreas, a maioria das pessoas residentes nessas áreas se considera branca (41,89%), seguida por pardas (43,03%).
São 9,36% que se consideram indígenas morando em UCs, enquanto nas áreas gerais são apenas 3,48% que se identificam como tal.
Com relação à população quilombola no estado, dos 2.572 que se declaram quilombolas, 74 moram em unidades de conservação, o que corresponde a 2,88% da população quilombola do estado.
Com relação à faixa etária, a maior parte da população residente em unidades de conservação no estado são os mais jovens. 23,51% dos moradores têm idade entre 0 e 14 anos de idade. Já a população mais velha, acima de 60 anos, corresponde a 14,15% .
Da população residente nas UCs, 99,95% se encontra em unidades consideradas do tipo Sustentável, ou seja, em uma área protegida onde o uso dos recursos naturais é prioritário a fim de garantir a perenidade dos recursos renováveis e conservação da natureza. 0.04% residem em áreas de Proteção Integral e 0,01% moram em áreas de Proteção Integral e Uso Sustentável.
A média de moradores por domicílio nas unidades é de 2,84 moradores.
Serviços essenciais
Dentre os moradores na unidades de conservação, a coleta de lixo é feita, em maioria, através de serviço de limpeza ou depositado em caçamba de serviço de limpeza (73,20). 26,80% relatam que são queimados na propriedade. Quando se diz respeito à população em geral, os percentuais são, respectivamente, 89,69% e 8,44%.
Sobre abastecimento de água, os dados mostram que a maior parte dos domicílios são abastecidos por água através da rede de distribuição geral, poço, fonte, nascente ou mina, combinado à existência de canalização dentro da habitação. 71.517 domicílios possuem tais abastecimentos de água, enquanto 5.146, não.
O IBGE verificou que, nas unidade de conservação, apenas 570 pessoas residiam em domicílios sem banheiros. No entanto, a maioria da população que reside nas Unidades de Conservação no estado vive sem esgotamento sanitário adequado. 51,3% dos domicílios têm esgoto destinado a fossa rudimentar, buraco, bala, rio, córrego, mar ou outra forma ou até sem esgotamento.
Nacional
Sobre as Unidades da Federação, o estado que mais possui residentes em Unidades de Conservação é São Paulo, com 2.483.199 pessoas, cerca de 21,03% da sua população local. Em seguida, vem o Maranhão, com 1.555.668 pessoas (22,96% da população residente) e a Bahia, com 1.354.144 residentes, 9,58% da população.
Mato Grosso do Sul ocupa a 15ª posição no ranking, com 1,85% da população residente em unidades de conservação no país.
Fonte: Correiodestado