Uso estratégico de vermífugos é fundamental para controlar parasitas e evitar prejuízos no rebanho bovino

O parasitismo em bovinos representa um problema constante para as propriedades pecuárias, mesmo durante o inverno, quando a infestação costuma ser menor. Os sinais, muitas vezes discretos, podem impactar negativamente a produtividade dos animais ao longo do ano, exigindo um controle planejado e estratégico, adaptado ao ciclo dos parasitas e às características de cada sistema produtivo.

Condições climáticas e impacto no parasitismo

De acordo com Gibrann Frederiko, médico veterinário e promotor de vendas da Nossa Lavoura, as altas temperaturas e umidade entre novembro e abril favorecem a proliferação de parasitas como carrapatos, mosca-dos-chifres, bicheiras e helmintos gastrointestinais. Mesmo nos meses secos e frios, a infestação persiste e prejudica ganho de peso, produção de leite, fertilidade e qualidade da carcaça.

Identificação dos sinais clínicos e diagnóstico

Produtores devem ficar atentos a sinais como mucosas pálidas, diarreia, perda de peso, apatia, pelo opaco, coceira, lesões na pele e presença visível de parasitas. O diagnóstico deve ser confirmado por exames laboratoriais, como análises parasitológicas de fezes e hemogramas, aliados a inspeções clínicas regulares para monitorar a saúde do rebanho.

Conceito de DRB e consequências do parasitismo

O conceito de DRB (Desempenho Reprodutivo e Produtivo Baixo) ajuda a identificar rebanhos com desempenho abaixo do esperado devido ao parasitismo. Entre os impactos estão a queda na taxa de ganho de peso, aumento do intervalo entre partos e elevação dos custos com tratamentos corretivos.

Vermífugos como parte de uma estratégia contínua

Segundo Gibrann, o uso de vermífugos deve ser contínuo e estratégico, não apenas pontual. A aplicação no momento adequado interrompe o ciclo dos parasitas e evita a reinfestação no rebanho e nas pastagens. O uso consciente também minimiza o risco de resistência aos medicamentos, um problema crescente causado pelo uso repetitivo e indiscriminado.

Escolha adequada do vermífugo e manejo integrado

A seleção do vermífugo deve considerar o parasita predominante, a fase produtiva dos animais e o ciclo produtivo. O tratamento deve basear-se em diagnóstico técnico, com exames como OPG (ovos por grama de fezes) para dosagem precisa. Alternar os princípios ativos ao longo do tempo é recomendado para evitar resistência e aumentar a eficácia.

Para helmintos gastrointestinais, vermífugos como levamisois e avermectinas são indicados. Para casos de tristeza parasitária, tratamentos para babesia, como imidocarb, são recomendados. Bezerros e vacas gestantes merecem prioridade devido à maior susceptibilidade.

Além disso, o manejo integrado é essencial, envolvendo rotação de pastagens, alternância entre espécies forrageiras, controle biológico com fungos antagonistas, limpeza de cochos e currais, manejo da lotação e uso adequado de endectocidas e ectocidas.

Principais erros e recomendações para o produtor

Entre os erros comuns estão superdosagem ou subdosagem de vermífugos, uso contínuo de um único princípio ativo, falta de monitoramento pós-tratamento e alta concentração de animais nas áreas de pastejo, que favorece a contaminação.

A recomendação é estabelecer um calendário sanitário, manter monitoramento constante do rebanho e adotar práticas preventivas para garantir a saúde dos bovinos e a rentabilidade da fazenda.

Produtos disponíveis para controle parasitário

Produtores interessados em soluções seguras e eficazes podem encontrar vermífugos nas lojas da Nossa Lavoura, com unidades em Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso, e nas unidades da Agroline, presentes em Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, além da venda online.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio