Queda do Ibovespa é puxada por grandes empresas e cenário externo
O Ibovespa encerrou a sessão desta sexta-feira (1º) em queda de 0,48%, aos 132.437,39 pontos. O desempenho foi influenciado principalmente pelas ações de Banco do Brasil e Petrobras, além da repercussão de balanços corporativos e dos dados de emprego divulgados nos Estados Unidos. Ao longo do dia, o índice variou entre 132.140,3 e 133.236,92 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou perda de 0,48%. O volume financeiro movimentado foi de R$ 21,5 bilhões.
Problemas técnicos e prévia da nova carteira do Ibovespa
Durante a manhã, a B3 enfrentou problemas técnicos que afetaram a atualização do Ibovespa e outros índices, como o Small Caps, no Market Data — sistema de envio de dados em tempo real da bolsa. A normalização ocorreu no início da tarde. A sessão também contou com a divulgação da primeira prévia da nova carteira teórica do Ibovespa, válida de setembro a dezembro. Entre as mudanças, foram incluídas as ações da construtora Cury e retirados os papéis da São Martinho, produtora de açúcar e etanol.
Dados dos EUA aumentam expectativa de corte de juros
Nos Estados Unidos, foram criadas 73 mil vagas fora do setor agrícola em julho, número abaixo da expectativa de 110 mil e do resultado revisado de junho (14 mil). A taxa de desemprego subiu para 4,2%. Segundo Seema Shah, estrategista-chefe global da Principal Asset Management, os dados reforçam a possibilidade de um corte de juros já em setembro.
Os índices de Wall Street também encerraram em baixa: S&P 500 caiu 1,6%, Nasdaq recuou 2,2% e Dow Jones teve queda de 1,2%. Além dos dados econômicos, pesaram novas tarifas dos EUA sobre parceiros comerciais e a divulgação do balanço da Amazon.
Destaques do pregão
- Banco do Brasil (BBAS3): As ações caíram 6,85% após analistas do BTG Pactual revisarem para baixo as perspectivas de lucro da estatal e reduzirem o preço-alvo de R$ 30 para R$ 24. O banco divulga seu balanço em 14 de agosto.
- Bradesco (BBDC4): Subiu 0,19%, refletindo os bons resultados do segundo trimestre.
- Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,61%
- Santander Brasil (SANB11) teve queda de 2,31%
- Petrobras (PETR4): Recuou 1,32%, afetada pela queda de 2,83% no preço do petróleo Brent. A estatal também anunciou reajuste de 4,7% no preço médio do querosene de aviação (QAV).
- Vale (VALE3): Subiu 0,54%, após divulgar lucro líquido de US$ 2,12 bilhões no segundo trimestre, acima das expectativas. A empresa reforçou que o minério de ferro a US$ 100/t pode permitir novos dividendos.
- Gerdau (GGBR4): Caiu 4,69% após divulgar lucro ajustado de R$ 864 milhões, queda de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa reduziu investimentos no Brasil e informou a demissão de 1.500 funcionários em 2024.
- CSN (CSNA3): Recuou 4,99%, mesmo com redução de 41,7% no prejuízo líquido, que ficou em R$ 130,4 milhões. A empresa avalia reajustar preços do aço no terceiro trimestre e contratar assessores para venda de ativos de logística.
- Marcopolo (POMO4): Liderou as altas do dia, com valorização de 7,63%, após lucro líquido crescer 28% no segundo trimestre, atingindo R$ 321,1 milhões. Analistas mantêm perspectivas positivas para 2025.
- Marfrig (MRFG3): Avançou 0,56%, após assegurar que suas operações no Brasil seguem normais, mesmo com as novas tarifas dos EUA.
- BRF (BRFS3), controlada pela Marfrig, subiu 1,35%
- Embraer (EMBR3): Caiu 2% após cinco pregões consecutivos de alta. A valorização anterior foi impulsionada pela exclusão de tarifas dos EUA sobre aeronaves e peças produzidas no Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio