COP 30 é tema de destaque no Fórum Interconselhos

O Fórum Interconselhos encerrou o segundo dia de reunião nesta quinta-feira (14), com debates sobre Educação Popular nos Territórios, Plebiscito Popular e, em especial, a participação social na COP 30, a Conferência do Clima da ONU .

Na mesa de abertura, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, falou sobre a relevância da COP 30 como um legado para a participação social  no Brasil. “Essa reunião de hoje é de extrema importância porque o Presidente Lula tem como uma das suas marcas a participação social e popular. E o MMA também tem como uma das suas diretrizes fortalecer o Sistema Nacional do Meio Ambiente, via controle e participação social”, pontuou a ministra.

Marina Silva recebeu do secretário nacional de Participação Social, Renato Simões, um documento elaborado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente e pelo Comitê Interministerial de Mudanças Climáticas, com contribuições sobre a temática de atuação do MMA.

Amazônia – A realização da COP 30 tem se configurado como uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar sua liderança nas negociações climáticas e mostrar avanços em energias limpas e agricultura sustentável. 

Para a secretária-executiva da Secretaria-Geral (SPGR), Kelli Mafort, é importante afirmar, em meio às críticas sobre a cidade-sede, a importância da COP ser realizada na Amazônia. “Levantemos a voz da sociedade civil para dizer que sim, a  COP 30 tem que ser em Belém, na Amazônia. Temos que debater a realidade dos povos e do bioma amazônico, toda a mudança e emergência climática acontece aqui e agora, sobre determinados corpos, determinados territórios”, destacou.

Apoio à participação social na COP 30 – O governo brasileiro e a organização da COP 30 têm implementado e apoiado diversas estratégias para promover e apoiar a participação social no evento internacional. Um exemplo é o Vozes da Amazônia,  previsto para ocorrer nas reuniões dos fóruns de participação social nos nove estados que compõem o bioma amazônico. 

Mobilização – A plataforma Brasil Participativo continuará como suporte das iniciativas da sociedade civil em relação à COP e também um inventário de soluções. Movimentos organizados estão engajados no processo.  O movimento indígena tem previsão de reunir aproximadamente 13 mil representantes em Belém, contou Kleber Karipuna, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

Agenda de Ação – O objetivo do Fórum Interconselhos na pauta da COP 30 tem sido aprofundar as discussões sobre o fortalecimento da participação social, usando metodologias de debate e apresentação de conteúdos e propostas, especialmente sobre a agenda de ação,  prioridade do último dia de reunião. “A agenda é um convite aos conselhos para colaborarem com a implementação e focar em quais são as ações que a gente pode fazer, visando planos de ação concretos liderados pelos ministérios”, lembrou a coordenadora-geral de Ação da Presidência da COP 30, Bruna Cerqueira.

Sociedade civil – Soninha Coelho, do GTT da COP 30 e da Marcha Mundial das Mulheres, defendeu a participação social e popular na COP 30. “Além da participação social, um legado fundamental da COP 30 deve ser o enfrentamento ao capitalismo neoliberal, patriarcal e racista. Esse sistema destrói a vida e a natureza, mas se aproveita dessa destruição para continuar acumulando riqueza, e aqui já foi falado quem paga o preço disso”.

 

Fonte: Secretaria-Geral