PF deflagra operação para combater a caça ilegal no Parque Nacional do Iguaçu

Foz do Iguaçu/PR. A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (18/12), a Operação Revelação 2, que visa desarticular um grupo criminoso especializado na caça ilegal e na pesca predatória no interior da unidade de conservação, dando sequência a investigações que já identificaram a utilização de logística estruturada para o cometimento dos delitos.

Com apoio de servidores do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e da Polícia Militar Ambiental do Paraná, foram dados cumprimentos a seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Nova Prata do Iguaçu e Capanema, na região oeste do Paraná, como parte de uma operação contínua de combate a crimes ambientais no Parque Nacional do Iguaçu.

Além da caça, o grupo é investigado pela pesca de espécies ameaçadas de extinção, como o Surubim-do-Iguaçu, em local de proteção integral onde a atividade é proibida. Há também indícios de que uma onça fora atingida por um disparo dentro do Parque durante as atividades da associação criminosa em tela.

Elementos colhidos anteriormente, incluindo a análise de dados telemáticos e apreensões de armamentos e munições, demonstraram que os suspeitos agem de forma profissional e reiterada, chegando a monitorar as atividades de fiscalização policial e do ICMBio para evitar flagrantes.

A operação de hoje busca apreender novas armas de fogo, apetrechos de caça e pesca, carcaças de animais e dispositivos eletrônicos que possam corroborar a autoria e a materialidade dos crimes investigados, os quais incluem formação de associação criminosa, caça ilegal, pesca proibida e tráfico de armas e munições.

Foram cumpridas ainda medidas de restrição de liberdade com a aplicação de tornozeleira eletrônica em três indivíduos, conforme determinação judicial.

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, um dos alvos foi preso em flagrante após a tentativa de esconder armas.

Além da prisão em flagrante, também foi aplicada, pela Polícia Militar Ambiental do Paraná, multa administrativa no valor de R$ 93 mil por maus-tratos à fauna, reforçando a responsabilização dos envolvidos nas esferas penal e administrativa.

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Fonte: Polícia Federal