O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, participou, nesta terça-feira, 5, da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República (CDESS), o Conselhão, na mesa temática “O Brasil na COP 30”. Ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva, do presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, entre outras autoridades, o ministro defendeu que a conferência no Brasil seja “uma COP de resultados”. Ele também destacou a importância do documento final da Cúpula de Líderes ter a contribuição da sociedade civil organizada.
“A COP já está acontecendo. Os movimentos sociais já estão discutindo, a juventude está rodando o país discutindo, o mundo do trabalho também já está dialogando, além de tantos outros setores. Nosso esforço é reunir toda essa contribuição do país para que seja levada pelo presidente Lula, com toda a sua liderança e credibilidade, para a Reunião de Líderes. E que as definições da COP 30 sejam implementadas nos estados nacionais, que sejam decisões globais para nortear as ações do mundo inteiro e que incidam sobre a vida das pessoas”, declarou.
Para o ministro Márcio, “a COP no Brasil tem que ter como recheio da narrativa do povo”. “É uma COP construída a várias mãos. As mãos dos governos, liderado pelo Brasil, e as mãos do povo, liderado pela sociedade civil organizada. Então, não vamos ter medo do debate. A COP não é uma festa, nem um grande evento. É um processo de construção de políticas públicas, com uma importância significativa para a humanidade. É um processo que requer de nós muita responsabilidade no debate”, ressaltou.
MULHERES – A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, que é também a enviada especial das Mulheres na COP 30, afirmou que o grande desafio é “fazer com que a Agenda de Ação contribua para a superação das desigualdades, como o acesso ao saneamento, água potável, moradia digna, alimentos e saúde, não apenas no Brasil, mas globalmente”. De acordo com ela, “pensar e agir sobre o clima exige uma base ética, com a compreensão que as decisões políticas e as ações de mitigação e adaptação adotadas só serão efetivas na medida da nossa capacidade de torná-las acessíveis aos grupos que mais precisam”.
Neste contexto, Janja ressaltou que “as mulheres são protagonistas na construção de soluções climáticas” e citou que, em comunidades amazônicas, “são elas que lideram o processo de manejo sustentado da terra, de preservação da biodiversidade e de transmissão de saberes ancestrais e de adaptação às mudanças climáticas”, enquanto, nas cidades, atuam na economia circular, na agricultura urbana e nos movimentos para a justiça ambiental.
“Mas, paradoxalmente, continuam sub-representadas nos espaços de decisão, tanto a nível nacional quanto das negociações internacionais. Nós queremos mais espaço nos diálogos sobre as mudanças climáticas, aliás, nós queremos mais espaço em todos os diálogos de qualquer assunto, porque nós temos capacidade suficiente para isso, a gente não pode mais suportar o mundo sem a presença das mulheres nessas mesas de negociação e nos espaços de decisão e poder”, disse a primeira-dama, reiterando que “na COP 30, temos a tarefa de aprovar um novo Plano de Ação de Gênero, com ações concretas para avançarmos na equidade de gênero nas negociações climáticas”. Ela também defendeu a equidade de gênero nas delegações.
Fonte: Secretaria-Geral