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sábado, 27 de abril, 2024
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AAPP denuncia que criança autista sofreu preconceito em hotel de Ponta Porã

A Associação De Pais E Amigos Dos Autistas De Ponta Porã-AAPP emitiu em suas redes socias nota de repúdio acerca de fato ocorrido em um hotel de Ponta Porã com uma família do Rio de Janeiro que tem filho com autismo.

Confira

A AAPP vem a público repudiar veementemente qualquer forma de preconceito e discriminação direcionado a pessoas com TEA. Tomamos conhecimento do ocorrido em nossa cidade, no dia 25/03/24, onde uma família vinda do Rio de Janeiro, estava hospedada em um hotel local. Segundo nos relatou o pai da criança autista, os responsáveis pelo hotel se queixaram do barulho causado pela criança, e de possíveis danos no local (fato que o pai negou e disse: se tivesse qualquer dano, iria arcar com as despesas). O pai ainda relatou que foram impedidos de acessar o aposento mesmo sem ter finalizado a diária, ocasião a qual o autista queria usar o banheiro. Fato este que causou transtorno, desencadeando uma crise na criança.

Por duas vezes foram acionadas forças de segurança no local, que conduziram a criança autista até unidade médica, fato que questionamos o motivo! Na unidade hospitalar o pai relata ter sido retirado do local onde seu filho estava, para o conterem e medicá-lo, questionamos o fato por se tratar de uma criança que é autista. Quando tomamos conhecimento do fato a família já estava na unidade hospitalar, comparecemos no local, tivemos acesso a família e prestamos suporte. O pai já havia contatado a AOB que compareceu prontamente ainda quando estávamos no hospital, estes os acompanharam até a delegacia de polícia onde foi registrado um boletim de ocorrência, e seria encaminhado o caso ao Ministério Público para analisar os fatos.

Família que veio a fronteira em busca de um sonho, não quis permanecer por nem mais um dia, tomaram o primeiro ônibus e retornaram à cidade de origem. Mantemos contato com a família por mensagem, que nos relata traumas que ainda estão afetando a criança. Lamentamos profundamente o ocorrido, mas temos compromisso com a família Atípica, e buscaremos dentro da legalidade que os fatos sejam apurados e que a justiça seja feita. Chega de acepção, discriminação, preconceito ou qualquer tratamento indevido as pessoas com TEA

É inaceitável que situações como esta estejam acontecendo !

Ponta Porã – MS, 26 de março de 2024