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quinta-feira, 28 de março, 2024
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Acusado de importunação sexual, deputado diz ter feito “gentileza” com Isa Penna


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Deputado Estadual Fernando Cury (Cidadania)
Divulgação/Alesp

Deputado Estadual Fernando Cury (Cidadania)

O deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) , acusado de importunação sexual pela deputada Isa Penna (PSOL), depôs nesta quarta-feira (24) no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo ( Alesp ).

Cury negou ter assediado a parlamentar, e disse que quis apenas fazer um ato de “gentileza” com o que chamou de “abraço”:

“O abraço que eu dei na deputada Isa Penna foi um gesto que eu quis fazer de gentileza, justamente porque eu ia interromper uma conversa que ela estava tendo com o presidente Cauê Macris”, disse ele.

O caso

Deputado Fernando Cury é acusado de assediar deputada Isa Penna
Reprodução

Deputado Fernando Cury é acusado de assediar deputada Isa Penna

No dia 16 de dezembro, durante sessão no plenário da Alesp, onde deputados estaduais votavam o orçamento do estado, o deputado do Cidadania foi flagrado abraçando Isa Penna e passando a mão na região dos seios de Isa Penna. Nas imagens, é possível vê-la imediatamente tentando afastá-lo de perto.

No dia seguinte ao caso, a deputada psolista declarou que registrou boletim de ocorrência e abriu representação no Conselho de Ética , que está em julgamento nesta semana.

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“Gesto esse, no meu entendimento, completamente sem maldade, completamente sem segundas intenções, um gesto que não teve qualquer conotação de intenção sexual, mas que a deputada Isa Penna, no seu direito, evidentemente, considerou constrangedor e ofensivo”, completa Fernando Cury, que posteriormente pediu desculpas à deputada e aos colegas.

Penna estava presente na sessão feita de forma online e pediu a palavra ao final da sessão:

 “Eu não prestei depoimento: faço esse pedido aos colegas. Isso que aconteceu hoje é uma continuação da violência. Peço que eu seja ouvida, interrogada, reforço o pedido de perícia e da oitava dos deputados, em especial Teonilio Barba (PT), Cauê Macris, Carlão Pignatari (PSDB) e Gilmaci Santos (PRB). Já estou fazendo este requerimento”.

O acusado levou 8 testemunhas de defesa, sete delas mulheres, que foram de encontro a versão do parlamentar de que não houve importunação sexual.

Agora, o relator do caso, deputado Emidio de Souza ( PT ) deve elaborar um parecer em até 15 dias. Caso seja pela condenação, o caso será votado em sessão no plenário da Assembleia.