Textos e fotos mostrando movimentação na faixa de fronteira criam o temor de quem se acostumou a viver nos dois lados.
Imagens de caminhões do Exército paraguaio com militares se movimentando na fronteira seca com o Brasil, mais especificamente na linha internacional que divide Pedro Juan Caballero e a brasileira Ponta Porã, cidade localizada a 323 km de Campo Grande, estão gerando um temor de novo fechamento do fluxo de pessoas entre os dois países.
Apesar de oficialmente ainda fechada, hoje o fluxo de pessoas entre Brasil e Paraguai segue livre, com os militares do país vizinho fazendo a popular ‘vista grossa’ para quem por ali passa. A situação, com a covid-19 por ora com números controlados, é vista com bons olhos para quem já se acostumou a viver nos dois lados.
Ponta Porã e Pedro Juan Caballero são cidades gêmeas e conturbadas, ou seja, além de um ser ‘espelho’ da outra no outro lado da fronteira, estão urbanamente ligadas, bastando apenas atravessar uma rua para mudar de país.
A informação – Rapidamente um texto em espanhol do jornal paraguaio Ultima Hora sobre o possível endurecimento da fiscalização se espalhou, revelando que o trabalho ali só foi afrouxado para ajudar as buscas pelo ex-vice-presidente Oscar Denis, sequestrado.
Porém, como as buscas teriam sido abandonadas, a matéria diz que o controle de pessoas na fronteira voltaria a ser feito com rigor, inclusive com reinstalação das cercas de arame farpado que estavam dividindo a fronteira.
Por ora, não há nenhuma confirmação de que haverá endurecimento da fiscalização, o que iria contra recente acordo entre o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) e o paraguaio Mario Abdo Benítez, que por telefone entraram em acordo e prometeram liberar a fronteira antes do dia 15 de outubro.
A expectativa é que a reabertura aconteça em breve com a presença dos dois presidentes em solenidade na Ponte da Amizade, que fica sobre o rio Paraná, entre Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este, segunda cidade mais importante do Paraguai e a maior da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
Fonte: Campograndenews